Blog do André Avlis
ASA: O ciclo vicioso de dar visibilidade à base apenas quando convém
Meninos do sub-20 estão disputando o Campeonato Alagoano da categoria e voltam a campo nesta quarta-feira (27)
Algo que se repete e se perpetua. Um peculiar ciclo vicioso.
A ruim temporada do futebol profissional teve seu fim com a desclassificação na Pré-Copa do Nordeste. Quando o ASA perdeu para o Souza-PB, jogando em Arapiraca.
No entanto, o clube está em atividade na categoria sub-20, que está jogando o Campeonato Alagoano.
Os meninos voltam a campo nesta quarta-feira (27) para enfrentar o Jaciobá, no Estádio Municipal, às 15h. Partida é válida pela quinta rodada da competição.
Até o momento já foram disputados três jogos: duas vitórias, contra o Atlético Arapiraca (4x0) e contra o ASAP (5x2). E uma derrota, contra o Talismã (1x3).
Apesar disso, o que chama atenção é a falta de visibilidade do próprio clube, em relação aos garotos. Especialmente em suas redes sociais (em seu Instagram, principalmente) e no seu próprio site.
A escassez de notícias, informações, postagens e referências ao sub-20 - o que mantem o clube em atividade - é perceptível. Como se mesmo com os meninos em ação, não houvesse relevância e merecimento de algum destaque.
Apesar de ser algo ilógico, sem sentido e talvez - ou certamente - desconexo, não é surpresa. Pelo menos para mim.
A cultura de dar visibilidade a base só quando convém ou quando há implícita e inevitável necessidade é algo enraizado no clube. Além de outros fatores: falta de estrutura e apoio; defasagem e sucateamento.
É fato que a situação financeira do clube é ruim, desastrosa. E que é um fator preponderante para algumas circunstâncias. Isso é fato. Indubitavelmente um fato.
Entretanto, esta situação de invisibilidade não é nova. Longe disso. É justamente algo contínuo e repetitivo. Que parece piorar a cada ano que passa. Infelizmente.
É aquela velha parada de "dar moral" apenas quando existe algum interesse de promover ou alavancar o nome do clube. Enquanto na realidade e na prática, tudo completamente é diferente. Um grande paradoxo e uma exacerbada incoerência.
Ou seja, mais do mesmo. O mesmo ciclo vicioso de sempre.