Ano Novo, vida nova! E uniforme antigo.

Na estreia da Copa Alagoas, o ASA venceu o CEO por 6 a 0 jogando no Estádio Edson Matias, em Olho D'água das Flores.

Além da predominância e domínio em campo, um fato chamou atenção: a camisa usada pelos jogadores alvinegros.

Antes da partida, em seu site oficial, o clube informou que fará uma homenagem aos membros do Conselho Deliberativo nos dois primeiros jogos da temporada - nomes dos membros serão estampados nas camisas e posteriormente cada um deles receberá a camisa cujo seu nome está presente.

Segundo informações, a ação será promovida porque os membros ajudaram o clube a pagar taxas de inscrições para regularização de jogadores no BID (Boletim Informativo Diário da CBF).

Alguns pontos inevitavelmente não passaram despercebidos.

Um deles é o estranho fato da camisa não conter nenhum patrocínio. Embora o clube já tenha, por exemplo, anunciado que parcerias foram renovadas e outras firmadas.

Outro, tão bizarro quanto, foi a utilização de um modelo de camisa antigo, usado em 2018, quando o fornecedor esportivo era a empresa Kanxa (no jogo usaram tarjas pretas para esconder a marca).

Por esse motivo óbvio o uniforme teve uma esquisita mistura de padrão: camisa de um, calção e meião de outro. Uma verdadeira bagunça. Ferindo a estética da normalidade de um uniforme de um time com a grandeza do ASA.

Inclusive, a respeito do uniforme da temporada 2022, o clube já informou que o enxoval chegará nos próximos dias. Tanto para atletas e comissão técnica, quanto para a comercialização.

A ideia da homenagem é, de fato, louvável. Exaltar quem ajuda o clube é um gesto nobre. Notoriamente. No entanto, deixa explícito, mais uma vez, a complicada situação financeira que vive o ASA. 

Não é normal acontecer o fato da despadronização. E naturalizar tal situação é ser conivente com este cenário grotesco que foi apresentado. Especialmente quando se trata de um time profissional.

Ano Novo! Roupa antiga.