Blog do André Avlis
ANÁLISE: Como o jogo tático do Cruzeiro impediu e segurou o ASA
Cruzeiro teve força na parte mental, executou bem sua estratégia e vence o ASA, de virada, por 2 a 1

Há quem não goste de falar no "tatiquês" e existe quem ganha jogo com uma tática bem executada.
Resta escolher a perspectiva que produz resultado. Ou ficar entre as narrativas pouco fundamentadas de quem usa argumentos superficiais para falar de algo tão vasto.
Escolhas. Ideias. Planos. Conceitos. Tática.
O Cruzeiro venceu o ASA por 2 a 1 de virada. No jogo que foi o renascimento e o ressurgimento de um antigo clássico - prepotência e tolice achar que não.
Em campo, o técnico Elenilson Santos e sua comissão mantiveram o sistema de jogo. O mesmo 4-2-3-1 e suas variações ofensivas e defensivas (no posicionamento das duas linhas de quatro). Algo já esperado.
O que realmente mudou, notoriamente, foi o posicionamento e a movimentação entre alguns jogadores em seus setores. Além do desprendimento do jogo sistemático, robótico e por muitas vezes burocrático.
Na ação de criação e progressão para o ataque, a liberdade na movimentação de Cristiano proporcionou mais articulação pelo meio de campo, aproximação e triangulações.
A flutuação do camisa 10 entre as linhas, deixando espaço para a progressão do Colina, possibilitou ao time do Cruzeiro aquilo que não tinha: conexão entre setores com passes curtos e abertura de espaço para passes verticais.
Além da movimentação de infiltração dos pontas. O que deu liberdade para as ultrapassagens do laterais.
Na parte defensiva, sabendo da força do ASA pelos lados de campo, houve dobra de marcação. Pinheirinho e Pedrinho (Cruzeiro) vigiavam Assis e Xande (ASA); Max e Pablo fechavam os espaços de Michel e Sávio (ASA).
No segundo tempo, muito mais brigado que jogado, a estratégia mudou.
O Cruzeiro "entregou" a bola para o ASA e baixou suas linhas. Montou uma linha de cinco, outra de quatro e deixou André Rodrigues, na última linha, para dividir e fazer o balanço no homem da bola, na intermediária defensiva.
Com isso, o time alvinegro teve mais posse de bola, volume de jogo e domínio territorial. No entanto, pecava no último passe.
O ASA fez algumas substituições. Especialmente para dar amplitude, alargar o campo e ter alternativas nas jogadas pela pontas. Foi perceptível o desenho tático do 3-4-3 da equipe do técnico jota.
Foi aí que a réplica aconteceu. O auxiliar Paulo Sérgio retrucou as modificações feitas pelo time alvinegro.
Fez a "dobradinha" de laterais pelo lado direito, dobrou o lado esquerdo trazendo Jonny para a segunda linha e colocou mais um volante para fortalecer a marcação no meio de campo.
Uma clara variação entre a primeira linha. Onde ora tinha cinco jogadores, ora tinha quatro (5-4-1/4-5-1). Ação de movimentação defensiva que bloqueou os lados de ataque do ASA e fez o time afunilar as jogadas pela faixa central. Sem sucesso.
Vitória por méritos de um time teve equilíbrio mental, mostrou repertório tático, eficiência e consistência. Comportamentos de quem executou bem a estratégia entre as variações montadas.
Vitória do jogo tático. Dia ruim para quem o banaliza.
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