Após ter fala distorcida sobre a vacinação de crianças de 5 a 11 anos contra a Covid-19, a juíza alagoana Fátima Pirauá, da 28ª Vara Civil, passou a receber críticas, xingamentos e até ameaças através das redes sociais. O caso ganhou ainda mais repercussão após a ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, distorcer as falas da magistrada.

Diversos políticos alagoanos utilizaram seus perfis pessoais em redes sociais para prestar solidariedade à juíza, a exemplo do governador Renan Filho, dos deputados federais Tereza Nelma e Paulão, das vereadoras Olívia Tenório e Teca Nelma, e até o pré-candidato à Câmara Federal, Daniel Barbosa.

Segundo a juíza, as crianças têm o direito de serem imunizadas e o país precisa vencer a onda de notícias falsas sobre a vacina contra a Covid-19.

Durante uma live promovida pelo Tribunal de Justiça de Alagoas, Fátima Pirauá disse que os filhos não seriam objetos de propriedade dos país, fala descontextualizada e disseminada por grupos de direita.

Daniel Barbosa, filho do prefeito de Arapiraca, Luciano Barbosa, foi um dos primeiros a se posicionar nas redes sociais. Além de defender a juíza, o arapiraquense, que é pré-candidato a uma das vagas de Alagoas na Câmara Federal, reforçou que, apesar dos pais serem responsáveis pelos seus filhos, eles não tem o direito de colocar a integridade e a vida deles em risco.

“Minha solidariedade à juíza Fátima Pirauá pelos ataques que vem sofrendo nos últimos dias. Sua fala em defesa da vacinação de crianças está sendo distorcida. Em casos que os pais coloquem em risco a integridade e vida de seus filhos, o Estado deve agir em defesa da criança”, escreveu ele em seu perfil pessoal no Twitter.

Nesta segunda-feira (21), Renan Filho, em nome do Governo de Alagoas, também utilizou o Twitter para manifestar sua solidariedade à Fátima Pirauá.

“O Governo de Alagoas manifesta inteira solidariedade à juíza Fátima Pirauá, por sua atitude em defesa da Saúde de nossas crianças e adolescentes e da responsabilidade dos pais quanto ¡a necessidade da vacinação”, escreveu. “Ao mesmo tempo, expressa repulsa aos ataques covardes que a magistrada recebeu por sua postura sensata, baseada na ciência e no Direito”, finalizou Renan Filho.