A janela partidária está fechada, mas este ainda não é o cenário defintivo das eleições em Alagoas. Muitos pré-candidatos ainda dependerão de outros fatores – estruturai$, em sua maioria – para que tenham viabilidade eleitoral. Com o fim das coligações, esqueçam aquelas chapas com muitos eleitos – claro, exceção feita ao super-chapão de estaduais do MDB.

Um dos pré-candidatos que avalia diariamente sua reeleição é o deputado federal Severino Pessoa, recentemente filiado ao MDB. Por óbvio, seu problema não é o citado no primeiro parágrafo deste texto – a família Pessoa é uma das mais bem sucedidas do nordeste em termos de negócios no ramo alimentício.

A questão de Severino é majoritariamente política. Desde 2021, quando perdeu via Brasília o comando do Republicanos, o deputado procura um partido para chamar de seu. Passou sem passar pelo Podemos, já que não se filiou, e parou, já no limite da janela partidária, no MDB.

A questão é que o MDB tem vagas chances de eleger mais de um postulante ao cargo. E Severino tem na disputa outros dois fortes concorrentes – Isnaldo Bulhões Jr, vice-líder do partido na câmara e uma espécie de “candidato oficial” do MDB local; e Maurício Quintella, deputado federal por quatro mandatos, que conhece como poucos os atalhos do poder.

Aliados avaliam que o melhor a fazer é fortalecer a candidatura de Fabiana Pessoa no âmbito estadual e viabilizar o irmão, Celso, como o vice na chapa de Rui Palmeira (PSD). Fabiana filiou-se ao Avante e tem boas chances de vitória, já que o único deputado de mandato na legenda é Marcos Barbosa. Se organizar direitinho, cabem os dois.

Questionada sobre o assunto, a assessoria do deputado negou veementemente essa possibilidade, e afirmou que Severino será candidato, juntamente com Fabiana. E que sobre Celso, é uma questão que depende muito mais do candidato majoritário a escolha do seu vice, do que o contrário – ou seja, ele também está à disposição.