Blog do André Avlis
ASA: Além das derrotas, o mau desempenho e o baixo nível de atuação
Pela 5ª rodada do Brasileirão da Série D, Alvinegro foi derrotado por 3 a 2 pelo CSE, em Arapiraca
Duas derrotas consecutivas e uma sequência de maus desempenhos.
Mesmo quando venceu os três (nenhum com superioridade técnica/tática ou predomínio das ações) primeiros jogos, o ASA expôs alguns problemas e dificuldades. Embora seja uma situação paradoxal, é real.
Vitórias escondem erros, falhas e mascaram um baixo rendimento. Também traz a subjetividade de que "é melhor jogar mal e vencer, do que jogar bem e perder".
Tal premissa é válida em determinados momentos - ilusória na maioria deles - mas permite que falhas, erros e alguns problemas sejam ocultados. De certa ou alguma forma. E é justamente esse o problema.
Um hora ou outra essas disfunções ficarão explícitas e afetarão diretamente o nível de atuação da equipe. Como vem acontecendo com o ASA.
O técnico Maurício Copertino vem tentando implantar seus conceitos e suas ideias. No entanto, o time demonstra uma certa dificuldade na assimilação e principalmente na mudança do estilo de jogo.
Nesta temporada a equipe alvinegra demonstrou ter se adaptado a um estilo mais reativo. Foi assim, inclusive, que o time chegou à final do Campeonato Alagoano. Tendo em suas características a marcação em linhas médias/baixas, compactação defensiva e velocidade na transição ofensiva - especialmente nas estocadas em progressão.
O grande obstáculo parece ser essa transformação de sistema e estratégia.
Copertino já deixou claro, em várias declarações, que gosta do time que seja dinâmico, intenso, agressivo, que proponha o jogo e consequentemente consiga ficar com a bola para ter o domínio das ações.
No entanto, pouco disso - ou quase nada - está sendo feito.
A equipe alvinegra vem evidenciando que tem dificuldade em propor o jogo. Vem sendo lento nas construções das jogadas, tem pouca movimentação e oferece vários espaços. Particularmente pela movimentação desordenada dos setores, na tentativa de adiantar as linhas e fazer pressão.
São problemas repetitivos que as vitórias esconderam e que agora estão vindo à tona. Isso explica muito o baixo nível de performance e rendimento. Disfunções táticas que interferem diretamente na parte técnica e que atrapalham até mesmo qualidades antes vistas.
São fatores que foram perceptíveis e detectáveis - mesmo nas vitórias. Mas talvez alguns não quiseram enxergar e contrariaram tais interpretações, classificando-as como maluquice ou despeito.
É por isso que prefiro a 'loucura'.