Blog do André Avlis

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ASA: Além das derrotas, o mau desempenho e o baixo nível de atuação

Pela 5ª rodada do Brasileirão da Série D, Alvinegro foi derrotado por 3 a 2 pelo CSE, em Arapiraca

16/05/2022 07h07 - Atualizado em 16/05/2022 08h08
ASA: Além das derrotas, o mau desempenho e o baixo nível de atuação

Duas derrotas consecutivas e uma sequência de maus desempenhos.

Mesmo quando venceu os três (nenhum com superioridade técnica/tática ou predomínio das ações) primeiros jogos, o ASA expôs alguns problemas e dificuldades. Embora seja uma situação paradoxal, é real.

Vitórias escondem erros, falhas e mascaram um baixo rendimento. Também traz a subjetividade de que "é melhor jogar mal e vencer, do que jogar bem e perder".

Tal premissa é válida em determinados momentos - ilusória na maioria deles - mas permite que falhas, erros e alguns problemas sejam ocultados. De certa ou alguma forma. E é justamente esse o problema.

Um hora ou outra essas disfunções ficarão explícitas e afetarão diretamente o nível de atuação da equipe. Como vem acontecendo com o ASA.

O técnico Maurício Copertino vem tentando implantar seus conceitos e suas ideias. No entanto, o time demonstra uma certa dificuldade na assimilação e principalmente na mudança do estilo de jogo.

Nesta temporada a equipe alvinegra demonstrou ter se adaptado a um estilo mais reativo. Foi assim, inclusive, que o time chegou à final do Campeonato Alagoano. Tendo em suas características a marcação em linhas médias/baixas, compactação defensiva e velocidade na transição ofensiva - especialmente nas estocadas em progressão.

O grande obstáculo parece ser essa transformação de sistema e estratégia.

Copertino já deixou claro, em várias declarações, que gosta do time que seja dinâmico, intenso, agressivo, que proponha o jogo e consequentemente consiga ficar com a bola para ter o domínio das ações.

No entanto, pouco disso - ou quase nada - está sendo feito.

A equipe alvinegra vem evidenciando que tem dificuldade em propor o jogo. Vem sendo lento nas construções das jogadas, tem pouca movimentação e oferece vários espaços. Particularmente pela movimentação desordenada dos setores, na tentativa de adiantar as linhas e fazer pressão.

São problemas repetitivos que as vitórias esconderam e que agora estão vindo à tona. Isso explica muito o baixo nível de performance e rendimento. Disfunções táticas que interferem diretamente na parte técnica e que atrapalham até mesmo qualidades antes vistas.

São fatores que foram perceptíveis e detectáveis - mesmo nas vitórias. Mas talvez alguns não quiseram enxergar e contrariaram tais interpretações, classificando-as como maluquice ou despeito.

É por isso que prefiro a 'loucura'.

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