Bastidores
Collor e Bolsonaro inauguram juntos trecho de BR, e crescem especulações sobre “candidato bolsonarista” nas eleições
Ex e atual presidente articulam palanque bolsonarista raiz em AL
Com a presença do presidente Jair Bolsonaro (PL) em Alagoas nesta terça-feira (17), o senador Fernando Collor (PTB) voltou aos destaques nacionais. O presidente esteve na divisa entre Alagoas e Sergipe para a entrega de um trecho de 40 km da duplicação da BR-101 (obra infindável que atravessa nada menos do que cinco governos – três do PT, um de Temer e o atual, ainda não concluída).
Durante seu discurso, Bolsonaro afirmou que via, em cada um dos presentes ao local, “o interesse pelo destino da nação e se libertando cada vez mais da velha política brasileira”. A ironia, neste caso, é que ao seu lado estava Collor, hoje um senador do centrão e a própria legenda do presidente, o PL do ex-mensaleiro Waldemar Costa Neto.
Mas voltando a Collor: o senador alagoano, sempre ao lado do presidente, não está a inaugurar obras e participar de cerimoniais a toa. Com algumas pesquisas qualitativas nas mãos, elle já sabe que sua situação para a reeleição ao senado é quase irreversível.
Vale lembrar que Collor tem um jeito bastante peculiar de fazer política – e que dava certo até perder as eleições de 2010, para o então governador Téo Vilela: o efeito surpresa. Foi assim que saiu vitorioso na surpreendente eleição de 2006, contra o então favorito Ronaldo Lessa.
Pessoas próximas ao ex-presidente especulam que elle pode novamente querer surpreender nesta eleição: lançar-se, mais à frente, à sucessão estadual. Seria Collor, então, o “palanque bolsonarista raiz” que o presidente da república ainda tenta montar em Alagoas, e não conseguiu – já que Arthur Lira aliou-se a Rodrigo Cunha, convertendo-o num senador do centrão.
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