As federações partidárias, este novo instrumento de organização que começou a existir nessas eleições, têm somente mais uma semana para sair do papel. A próxima quarta-feira (31) é o último prazo para as legendas que quiserem se unir em torno de um único projeto – desde que estejam juntos por um período mínimo de quatro anos.

Até o momento, poucas federações já oficializadas causarão impacto nas eleições alagoanas. A de esquerda, formada por PT, PV e PCdoB, e a do PSDB com o Cidadania são as únicas com chances de eleger parlamentares estaduais ou federais. Rede e PSOL, que também formam uma federação, teriam chances caso a ex-vereadora Heloísa Helena ainda estivesse em Alagoas – ela será candidata pelo RJ.

PT, PV e PCdoB podem fazer de dois a três estaduais. Ronaldo Medeiros e Sílvio Camelo são os deputados de mandato. Na esfera federal, Paulão e Sergio Toledo, que estava no PL, disputam uma ou duas vagas, dependendo da votaçãod e cada um.

Já a federação PSDB/Cidadania ficou desfalcada com a saída do senador Rodrigo Cunha para a UB, que levou todo o seu grupo. Dessa forma, a federação trabalha hoje para manter o mandato do deputado Pedro Vilela e eleger Jó Pereira como vice-governadora de Rodrigo. Marcos Barbosa, único parlamentar do Cidadania, foi para o Avante na janela partidária.

Não deve haver mais nenhuma grande mudança neste cenário até o fim do prazo das federações. No começo de abril, chegou a cogitar-se a possibilidade da entrada do PSB na federação já formada pelo PT, o que mudaria a configuração das chapas proporcionais da legenda – principalmente com a entrada de Dr JAC, irmão de JHC na disputa proporcional. Mas esta possibilidade não aconteceu.

Mudanças podem acontecer, ainda, até as convenções partidárias, que definirão as coligações eleitorais – que este ano podem ser feitas apenas para as chapas majoritárias.