Bastidores
“Arthur Lira é o ‘Mick Jagger’ das eleições”, diz Bruno Toledo em entrevista
Deputado afirmou que o deputado do PP não honrou palavra de apoiar Paulo Dantas ao governo tampão de Alagoas
Entrevistado desta segunda-feira (25) no programa Antena Manhã, na Rede Antena 7 de Rádios, o deputado estadual Bruno Toledo (MDB) classificou o deputado federal e presidente da câmara dos deputados Arthur Lira (PP) como o “Mick Jagger” da política alagoana - relacionando o parlamentar ao cantor inglês, cujos times que torcia sempre perdia as partidas na copa do mundo de 2010, sendo assim chamado de “pé-frio”.
Bruno fez a afirmação ao falar sua opinião sobre a mudança de Lira quanto ao apoio a Paulo Dantas na disputa pelo governo do estado. “Arthur Lira é um gigante nas disputas proporcionais, mas na majoritária ele é o ‘Mick Jagger’ da eleição. Todas as suas escolhas são fracassadas, isso é a história quem diz”, afirmou.
“A minha política é de honrar com a palavra que eu dou. A política não é diferente do nosso convívio social. Isso é uma questão moral, de exemplo para a sua família. Eu sou dessa linha, mas o deputado Arthur não pensa como eu. Imagino que foi motivado por pesquisas eleitorais. Naquela ocasião, o candidato que ele escolheu liderava a disputa eleitoral. Então decidiu descumprir seus compromissos e ‘comprar’ para seu grupo de partidos um candidato que ele imaginava ser favorito para a vitória”, disse Bruno, se referindo ao senador Rodrigo Cunha (UB).
Assim como postou em suas redes sociais, Bruno reafirmou que é mais alinhado ao presidenciável Jair Bolsonaro (PL), apesar de seu grupo pedir votos para o ex-presidente Lula (PT). “Sou de origem cristã, defensor das liberdades individuais, sou armamentista, sou defensor do livre mercado, fui autor da lei contra a sexualidade precoce de crianças em sala de aula. Estou numa linha muito mais conservadora do que progressista”, afirmou.
Apesar de se identificar como bolsonarista, Toledo afirmou que não irá votar no atual presidente nas eleições deste ano. “Estive no evento promovido pelo MDB para receber o ex-presidente Lula. Respeito a opinião dos membros do meu partido mas eu não voto no presidente Lula e respeito quem pensa diferente. Não votarei em nenhum dos candidatos. Não posso dizer que vou votar em Simone Tebet, porque essa candidatura é um engodo, uma mentira. O povo está entre Lula e Bolsonaro, e no meu direito de cidadão, em 2 de outubro eu votarei em Branco”, disse.
O deputado justificou sua posição criticando a condução do palanque bolsonarista em Alagoas, a quem chamou de “desastrosa”. "Preciso também reconhecer que a condução do palanque do presidente Bolsonaro é desastrosa. Não posso corroborar com essa política local que está sendo praticada pelo ‘dono’ desse jogo, que é o deputado Arthur Lira. Que parece ser o novo Deus que conduz toda a política do conservadorismo. Isso não é justo com quem pensa dessa forma, ser liderado por uma figura como o Arthur Lira” disse Bruno.
Antes de encerrar o papo com o jornalista Luciano Amorim, Bruno ainda fez questão de negar qualquer especulação sobre seu nome como o sucessor de Marcelo Victor (MDB) no comando da Assembleia Legislativa a partir de 2023. “Não passam de especulações externas. Internamente isso não é debatido, até porque não temos a arrogância de saber como será o resultado das urnas. Só pode ser escolhido presidente da ALE aquele que passar pelo crivo do eleitor. Mas sou um cidadão privilegiado por fazer parte do rol de amigos do deputado Marcelo Victor”, encerrou.
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