Bastidores
Lula procura arranjo político que encaixe dois rivais alagoanos no governo: Lira e Calheiros
Dois caciques alagoanos propõem ideias diferentes sobre governabilidade

O presidente eleito Lula tem um desafio dos bons para equacionar a partir de sua nova estada em Brasília, que já começa esta semana. O novo chefe do executivo tem "dois bicudos" que não se beijam, mas tem muito poder em mãos - logo, são necessários à governabilidade.
Arthur Lira (PP) foi o deputado federal mais votado de Alagoas, e tem boa fatia do controle da Câmara dos Deputados, o chamado "centrão". Lira já deu diversos sinais de que quer disponibilizar essa força ao governo de Lula, com algumas condicionantes - a principal delas, ser reeleito presidente da Câmara.
Do outro lado está Renan Calheiros, um dos mais fiéis aliados do presidente, desde os tempos de prisão em Curitiba - e claro, nessas eleições. E Calheiros não está nem um pouco interessado na ascensão de Lira como correligionário de Lula.
Os dois tem algo a oferecer. Enquanto Lira tem a governabilidade na Câmara, Calheiros tem experiência e uma voz respeitada no senado, casa que dará muita dor de cabeça a Lula, pelo seu perfil mais conservador do que nunca.
A solução de Lira para a governabilidade de Lula é mais simples - o alinhamento de sua bancada às pautas do executivo, na medida do possível. Já Calheiros propõe ao presidente a formação de uma nova base, isolando bolsonaristas simbólicos - o que na sua conta inclui o PP de Lira e o PL.
Como se diz no futebol, esse é o "bom problema" que Lula deverá resolver - tem aliados demais para a formação do seu governo, e terá que encontrar espaços consensuais para todos, inclusive os "dois bicudos".
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