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Alfredo Gaspar critica valores da PEC da transição: “O PT está querendo gastar como se não houvesse amanhã”

Declarações do deputado eleito foram dadas ao programa Na Mira da Notícia em Arapiraca

02/12/2022 14h02
Alfredo Gaspar critica valores da PEC da transição: “O PT está querendo gastar como se não houvesse amanhã”

O deputado federal eleito por Alagoas Alfredo Gaspar (União) afirmou que assinaria, caso já exercesse a função, a CPI protocolada pelo deputado gaúcho Marcel Van Hattem (Novo) que pede a investigação de atos do Supremo Tribunal Federal (STF). Gaspar também fez críticas às intenções do futuro governo Lula de furar o teto de gastos para passar o novo valor do Auxílio Brasil.

As declarações do deputado foram feitas ao programa Na Mira da Notícia desta quinta-feira (01), noticiário do Grupo 7 Segundos de Comunicação, que vai ao ar de segunda a sexta às 18 horas, pela Gazeta FM Arapiraca.

“Não conheço os termos desse requerimento, não sei se há alguma infringência, mas o Supremo Tribunal Federal precisa ter suas atribuições discutidas. A gente não pode ter ministro encontrando o cidadão na rua e dizendo ‘perdeu mané’. Isso não é atitude do STF. Portanto, a princípio eu assinaria. Não tenho dúvida que o papel do Supremo será discutido por esse novo congresso, afinal de contas ninguém pode estar acima da nossa constituição”, afirmou.

O deputado eleito também fez críticas à forma como os articuladores de Lula no congresso pretendem aprovar a PEC da transição, que define o pagamento do Auxílio Brasil de 600 reais, mais 150 reais por cada filho de até seis anos. “Dos 600, 400 já estão garantidos no orçamento. Para garantir o restante, o governo precisa de mais 40 a 50 bilhões. Mas o PT está pedindo 200 bilhões por ano, pela liberdade de gastar acima do teto, que vai dar quase um trilhão de reais. Isso vai gerar inflação, aumento do desemprego, aumento de juros e aumento da dívida pública. O PT está querendo gastar como se não houvesse amanhã”, disse.

Alfredo também ressaltou que, independente da posição que o União Brasil, sua legenda, tomar em relação ao governo Lula, continuará fazendo oposição ao governo. “Não posso dizer o que vai ser decidido pela bancada, mas independente da posição dela, estarei na oposição, uma oposição responsável. Conheço o passado recente do PT e conheço as práticas. Minha posição na câmara dos deputados é de independência”, disse o ex-secretário de segurança pública do estado.

Gaspar segue para a câmara dos deputados prestigiado pelos mais de 100 mil votos concedidos pelo eleitorado alagoano. Discreto em externar suas preferências políticas durante toda sua atuação como procurador e secretário de segurança, o agora deputado não tem medo de defender o legado do Bolsonarismo em Alagoas e, ao que parece, também em Brasília.

A questão que em breve irá atormentar o deputado é o direcionamento do seu partido. O União Brasil negocia com Lula sua entrada no governo - e óbvio que o governo negocia a entrada da bancada como um todo. Resta saber se Alfredo aguenta a pressão.

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