Blog do André Avlis

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ASA: Resultado frustrante contra o CSE foi a soma da falta de padrão e do baixo rendimento coletivo

Após a 'regrinha dos 4 jogos', uma análise tática mais aprofundada agora pode ser feita

26/01/2023 07h07
ASA: Resultado frustrante contra o CSE foi a soma da falta de padrão e do baixo rendimento coletivo

Resultado frustrante no clássico do interior.

Quem acompanha meu trabalho, sabe que não costumo fazer análises táticas mais profundas nos inícios das temporadas - por razões óbvias. Uma vez que qualquer prognóstico feito nos primeiros jogos de cada ano, torna-se algo precipitado. 

Chamo essa prática de 'regra dos 4 jogos'. 

Passadas estas quatro partidas, já é possível ponderar o rendimento de cada time.

O ASA iniciou sua pré-temporada no dia 28 de novembro. Fez quatro amistosos (contra Retrô, Santa Cruz e Náutico) durante a preparação, antes de fazer o primeiro jogo oficial em 2023.

Prestes a concluir dois meses de trabalho, o atual elenco completou quatro jogos oficiais - entre Pré-Copa do Nordeste e Campeonato Alagoano - nessa quarta-feira (25), contra o CSE.

O baixo desempenho contra o time de Palmeira dos Índios ligou um sinal de alerta.

A pouca produtividade - especialmente na fase ofensiva - evidenciou a falta de padrão de jogo do time. Aliado à consequência do baixo rendimento coletivo que influencia diretamente no fator individual.

O técnico Evaristo Piza vem escalando o time num 4-2-3-1. Uma configuração quase que universal com a habitual linha de quatro defensiva, dois volantes, um armador, dois pontas com características de velocidade e um centroavante mais fixo.

A dificuldade para progredir e produzir foi evidente. O funcionamento da equipe foi ineficiente a partir da lentidão na dinâmica de movimentação de seus jogadores. Fator que afeta todo o desenvolvimento das jogadas, deixando a ações previsíveis.

Foram poucas as vezes em que o time teve aproximação para acionar o jogo apoiado e assim criar superioridade numérica para que triangulações surgissem. Fator que sobrecarrega o homem da bola, uma vez que quando o time não movimenta para gerar alternativas, as opções se tornam escassas. 

Até mesmo a transição ofensiva - principalmente no 2º tempo - foi lenta. Na maioria das vezes com tomadas de decisões equivocadas, onde chances eram perdidas por precipitação. 

Foi um jogo de um baixo ritmo, onde o time 'sentou' no resultado, foi pouco agressivo, afrouxou a marcação e baixou a concentração no fim da partida. O famoso 'achar que estava ganho'. Aí veio a bola e o puniu.

Uma punição até branda, pelo que o CSE fez na segunda etapa. Merecendo, inclusive, a vitória. Por tudo que produziu e criou.

Em resumo, o ASA foi mal. Ficando visível e notória a ausência de um padrão de jogo e um modelo de jogo definido. O que liga o sinalzinho de alerta, sobretudo, em termos de desempenho e nível de atuação.

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