Bastidores
Após MDB e PP, “rodízio” de deputados é tendência na ALE; PT pode dar oportunidade a dois suplentes
Deputado Ronaldo Medeiros pode se licenciar do cargo e abrir vaga para petistas não eleitos
A ideia do “rodízio” na política não é nova, e encontra adeptos em diferentes momentos do cenário alagoano - os mais antigos lembrarão do “Ronaldízio”, um giro de secretários que o então governador Ronaldo Lessa (PDT) fazia por várias pastas da gestão estadual.
Este ano, o rodízio parece que vai voltar à moda, agora na Assembleia Legislativa. Após MDB e PP acenarem com essa possibilidade para recolocar na casa deputados que não conseguiram se reeleger, é o PT que pode “rodar o time”, dando oportunidade a alguns suplentes na casa - mas só em 2024.
Quem vai abrir mão de alguns meses do mandato para dar chance aos não eleitos é o único parlamentar da legenda, Ronaldo Medeiros. E a ideia é dele mesmo, que ainda não debateu com o partido, mas quer oportunizar dois nomes de importância no PT: o ex-deputado Judson Cabral e a secretária de comunicação da sigla, Élida Miranda.
“O projeto é meu, mas ainda vou discutir com o partido, com a assembleia e com o governo. Está ainda em fase embrionária. É para o próximo ano”, disse Medeiros ao Blog Bastidores.
Cabral ficou na primeira suplência da chapa composta por PT, PV e PCdoB, com 6.810 votos. Élida obteve 4.712, ficando logo atrás do engenheiro. Entre eles, está Dudu Holanda, que foi candidato sub-judice pelo PV e obteve 6.217 votos, mas até que o TSE se manifeste, encontra-se inelegível.
Além da federação de esquerda, PP e MDB sinalizaram que podem evocar o recurso, por motivos semelhantes: ambas as siglas encontram dificuldades para recolocar seus suplentes nos mandatos, já que nenhum dos titulares quer deixar o mandato - não sem uma boa compensação política pela “generosidade”.
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