Bastidores
Adesão à CPMI dos atos golpistas revela a “bancada bolsonarista” de Alagoas
Fabio Costa (PP), Marx Beltrão (PP) e Alfredo Gaspar (União) foram os parlamentares alagoanos que assinaram requerimento
Uma das três proposições que pretende instalar comissão para investigar os atos golpistas de 8 de janeiro em Brasília, a CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) é a única que conta com deputados federais em sua composição - e a adesão de três alagoanos.
Fábio Costa (PP), Marx Beltrão (PP) e Alfredo Gaspar (União) assinaram o requerimento, de autoria do deputado André Fernandes (PL-CE). Caso saia do papel, a comissão será formada quase que totalmente pelo que sobrou da bancada bolsonarista na Câmara e no Senado, a exemplo de Carla Zambelli, Eduardo Bolsonaro e Rogério Marinho.
Esse grupo resolveu concentrar forças e focar nesta comissão, ao invés de aderir aos outros requerimentos já abertos e parados no senado. A ideia é embarreirar os trabalhos nas duas casas e chamar atenção para a narrativa do bolsonarismo sobre o 8 de janeiro - de que houve omissão do governo federal e até mesmo “infiltrados” do PT nos atos.
A adesão dos três alagoanos à esta comissão mista expõe o fato: dos 12 parlamentares (nove deputados federais e três senadores) que compõem a representação do estado no parlamento, três estão, neste momento, no campo do chamado “bolsonarismo raiz” - apesar de suas legendas estarem, em níveis diferentes, dentro da base de apoio de Lula.
Como propõe uma CPI mista - com representantes da câmara e do senado - o requerimento aguarda uma decisão por parte do presidente do congresso nacional, que é o presidente do senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Em ato realizado nesta terça (28) em Brasília, o grupo exigiu a instalação da comissão, por já contar com a quantidade de assinaturas suficientes.
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