O deputado federal Fábio Costa (PP-AL) confirmou que vai disputar a indicação do PP na CPMI dos atos golpistas, que foi aberta nesta quarta-feira (26) pelo congresso nacional. Costa disse ainda que não conversou com o prefeito de Maceió JHC (PL) sobre cargos na reforma de seu secretariado.

O parlamentar também respondeu sobre a notícia que se espalhou nesta semana, de que tentaria em 2024 ser prefeito da cidade de Marechal Deodoro, na região metropolitana da capital. Fábio não confirma, mas também não nega a possibilidade.

As declarações de Costa foram dadas ao programa Na Mira da Notícia, pela Rádio Gazeta FM Arapiraca. O noticiário é um produto do Grupo 7 Segundos de Comunicação, e vai ao ar de segunda a sexta-feira, das 18 às 19 horas.

“Uma coisa é um pleito proporcional, outra é um pleito majoritário. Tenho que conversar com a população, saber os anseios, saber se esperam por uma pessoa com meu perfil. Se o meu partido eventualmente apoiaria uma decisão como essa. Eu não estou dizendo que isso é uma meta, é cedo pra falar em 2024. Estou muito envolvido no meu mandato de deputado federal, agora se lá na frente a população me chamar para um novo desafio, eu não sou de fugir a batalha”, disse.

Costa disse ainda que vai disputar internamente a possível única vaga de sua legenda na CPMI dos atos de 8 de janeiro. “Demonstrei interesse ao presidente do meu partido, senador Ciro Nogueira, ao presidente estadual Arthur Lira, e também ao líder deputado Fufuca, e falei sobre meu desejo de participar como membro da CPMI. Agora, pela formação do bloco, talvez o PP só tenha uma vaga, no máximo duas.Talvez eu seja o deputado do partido que mais insistiu nessa participação, porque a gente quer estabelecer a verdade”, afirmou.

Fábio também afirmou que tem uma aliança antiga com o prefeito de Maceió, JHC, relembrou o início de sua trajetória política e a importância do então dirigente do PSB JHC em lhe dar legenda para que pudesse se candidatar ao cargo de vereador - ele acabou sendo o vereador mais votado da capital em 2020, com 12.038 votos.

“O prefeito JHC foi uma das primeiras pessoas na política com quem conversei. Quando as pessoas me sugeriram que me candidatasse a vereador e eu aceitei o desafio, precisava de um partido. E os caciques políticos que dominam a política têm o poder de não dar legenda ao candidato. Eu precisava dessa segurança, e ele me garantiu que me dava a legenda”, afirmou.

Apesar da parceria de longa data, o deputado disse que ainda não definiu seus espaços na administração da capital juunto ao prefeito, e que pretende ter uma conversa pessoal com JHC assim que desembarcar em Maceió. “Eu vou ter uma conversa com ele na quinta ou na sexta, e por enquanto ainda não posso externar”, disse.