As pretensões do Partido dos Trabalhadores em Maceió, de ter uma candidatura própria para a prefeitura, podem ser dificultadas pelas demais legendas que fazem parte da Federação Brasil da Esperança, o grupo de partidos composto por PT, PV e PCdoB.

Segundo o líder do governo na Assembleia Legislativa, deputado Silvio Camelo (PV), o lançamento de um nome do partido ou da federação para a prefeitura da capital não é prioridade para a legenda. Camelo falou ao programa Na Mira da Notícia, do Grupo 7 Segundos de Comunicação, pela Gazeta FM Arapiraca.

“Nós não podemos atropelar o calendário. O Partido Verde vai fazer um planejamento junto com os outros partidos que fazem parte da federação. Não pode o PT sozinho definir, não pode o PV sozinho decidir. Fazemos parte de um grupo político capitaneado pelo senador Renan Calheiros e pelo governador Paulo Dantas e temos que ouvir nosso grupo”, disse o deputado.

Camelo afirmou ainda que não se faz uma candidatura somente de “conversa”, mas que é preciso uma estrutura para que ela decole - referindo-se à força do governo do estado. “Vejo nas redes sociais pretensão de alguns partidos de lançar candidato, mas o PV faz parte do grupo do governador Paulo Dantas e com ele nós vamos sentar e ver qual o melhor direcionamento. Tem que analisar a estrutura de campanha, porque não se faz campanha só com conversa, tem que ter fundo partidário, quem vai colocar estrutura, tudo influencia na decisão”, disse.

O deputado também reforçou o recado já dado em nota conjunta da federação sobre os vereadores infiéis em Maceió. Camelo diz que só fica no PV quem estiver no projeto de Dantas, Renan e Lula - quem discordar, será convidado a ‘se retirar’ da legenda.

“Temos um posicionamento bem claro, somos do grupo do governador Paulo Dantas, do senador Renan Calheiros e do presidente Lula. Quem não tiver esse posicionamento pode tomar o rumo que achar que deve tomar, só não pode estar aqui defendendo um outro projeto, isso não vamos aceitar. Qualquer membro do partido, com mandato ou sem mandato, que não se adequar ao que o partido está direcionando, pode procurar um destino mais confortável, não vamos prender nem botar camisa de força”, finalizou.