Em encontro secreto que durou mais de uma hora na noite desta quarta-feira (16), o presidente Lula (PT) e o deputado federal Arthur Lira (PP) definiram os últimos detalhes da entrada do bloco comandado por Lira para o governo. Dois ministérios, a Caixa Econômica Federal e cargos de segundo e terceiro escalões estão assegurados para Republicanos e Progressistas.

O deputado Silvio Costa Filho (Rep-PE), que a princípio receberia o ministério do Esporte, será acomodado no ministério dos Portos e Aeroportos, atualmente comandado por Márcio França (PSB). Como os socialistas já contam com outros dois ministérios, França será encaixado em outro cargo. Diante da forte campanha promovida por ex-atletas, Ana Moser permanece no esporte.

Já o PP de Lira recebe o super ministério do Desenvolvimento Social, atualmente comandado por Wellington Dias (PT). Dessa forma, Lula corta “da própria carne” para acomodar o centrão. No entanto, a tendência é que Dias assuma o Bolsa Família, que seria desmembrado do ministério. André Fufuca (PP-MA) será o ministro.

Arthur recebe ainda a presidência e todas as vice-presidências da Caixa Econômica Federal. A única exigência de Lula é que o banco continue sendo comandado por uma mulher.

Dessa forma, a base do governo agora conta, além do PT, com o PV, o PCdoB, a Rede, o PSOL, o PSB, o PDT, o Solidariedade, o Avante, o MDB, o PSD, o União Brasil, o PP e o Republicanos. Esses partidos somam ao todo 374 parlamentares na câmara.