Enquanto a eleição majoritária na capital do agreste segue morna - diante do favoritismo de Luciano Barbosa (MDB), ninguém quer ‘gastar’ cartuchos à toa - parece ser nas eleições proporcionais onde o bicho realmente vai pegar, assim que a campanha começar.

Isto porque, diante do cenário pintado a partir de série de entrevistas com pré-candidatos realizadas pelo programa Na Mira da Notícia em Arapiraca, é possível dizer que há um ‘otimismo’ exagerado em todas as chapas que estão no páreo.

Se todo mundo conseguir eleger a quantidade de vereadores que planeja, a Casa de Herbene Melo vai precisar construir mais algumas cadeiras para os vereadores eleitos - a conta, de 19 parlamentares, não fecha.

Vejamos: o MDB fala em eleger até nove vereadores (atualmente a bancada emedebista é de seis). Embora a chapa do partido do prefeito seja recheada de bons nomes, para conseguir a nona cadeira será necessária uma votação histórica.

Já o PP, de Arthur Lira, tem seis parlamentares de mandato e pretende fazer até oito vereadores. O mais provável, no entanto, é que no máximo mantenha as seis cadeiras atuais, podendo até reduzir este número para cinco.

A maior baixa, no entanto, pode acontecer no PSB. O partido socialista, que após a janela ficou com quatro vereadores, periga encerrar as eleições com apenas duas cadeiras.

Fechando a bancada governista, estão o Podemos de Rodrigo Cunha e o PT - cujas projeções apontam para que um ou outro consiga eleger um representante, sendo pouco provável que os dois consigam eleger um vereador cada.

Para os partidos considerados independentes, o PL de Fabiana Pessoa, o Republicanos e o União Brasil são os partidos com maior possibilidade de eleger um representante cada. O Solidariedade, de Túlio Freire, terá bastante dificuldade em dar um novo mandato ao vereador, pela pouca estrutura eleitoral e baixa densidade dos demais candidatos.

Resta ainda o PSDB, do candidato Lindomar Ferreira, que deve passar em branco pelo mesmo motivo do Solidariedade.