Bastidores
Arapiraca no meio do tabuleiro: vice de ouro e namoro dos poderosos
Na corrida pelo Governo de Alagoas em 2026, a segunda maior cidade do estado virou troféu estratégico

Arapiraca é um colosso econômico e a noiva mais cobiçada do baile sucessório de 2026. Com dois gigantes se preparando para dançar a valsa das urnas, o prefeito de Maceió, JHC, e o senador Renan Filho, a cidade aparece como território neutro e fértil para alianças, e seus filhos mais ilustres como possíveis vices da disputa pelo Palácio República dos Palmares.
Entre sorrisos e falas milimetricamente calculadas, os dois pré-candidatos deixaram escapar que não se pode vencer a eleição sem um pedaço do Agreste na bagagem. E mais do que isso: querem esse pedaço com nome e sobrenome.
O clã Barbosa, liderado pelo prefeito Luciano, está na mira. Seu filho mais velho, o deputado federal Daniel Barbosa, já foi sondado, indiretamente, por JHC para compor como vice, numa dessas costuras que começam tímidas, nos bastidores, mas logo ganham tons mais públicos. Mas, como todo relacionamento político, vem recheado de desconfianças e dilemas históricos.
Afinal, Luciano Barbosa tem sangue Calheiros na veia política. A ruptura de 2020, quando disputou o comando de Arapiraca em rota de colisão com os Calheiros, parecia definitiva. Mas o tempo tratou de curar os calos e reabrir os canais. O lançamento do VLT de Arapiraca, no início desta semana, foi um capítulo à parte nesse enredo: reencontros, afagos públicos e sinais claros de que o passado foi arquivado em nome do futuro.
Renan Filho, atento ao movimento de JHC, também acena para o Agreste. Com seu faro experiente, sabe que o vice certo pode ser a chave para fechar a conta ainda no primeiro turno. Além de Daniel, Célia Rocha, ex-prefeita e aliada histórica de Luciano, também figura entre os nomes cogitados – com o charme político de quem tem votos, memória afetiva e capacidade de aglutinação.
Enquanto os dois generais afiam suas estratégias, Arapiraca observa. Ainda não escolheu lado, mas sabe que, desta vez será determinante. E os Barbosas, como em toda boa narrativa de poder, segue cortejado.
O Agreste virou pêndulo. E seu balanço pode definir quem será o próximo a sentar na cadeira mais alta do Executivo estadual. Até lá, o jogo segue com peças sendo movidas no silêncio, e sorrisos sendo distribuídos com o cuidado de quem sabe que, na política, a próxima jogada sempre pode mudar tudo.
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