Bastidores
Para ter concurso, prefeito Bruno terá que demitir contratados, não há outra saída legalmente viável
Em Maribondo (2026), a situação é clara, direta e inevitável: o prefeito Bruno Teixeira só conseguirá realizar concurso público se demitir contratados. Não existe alternativa. Não existe arranjo político capaz de driblar a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).
A máquina pública de Maribondo (2026) opera com excesso de contratados, número elevado de comissionados e gratificações infladas. E isso impede, por lei, qualquer abertura de concurso enquanto a folha permanecer acima ou perto do limite de 54% da Receita Corrente Líquida.
A LRF determina — de forma obrigatória — que, quando a folha ultrapassa ou se aproxima do teto, o prefeito deve:
1. Cortar contratos temporários imediatamente.
2. Reduzir cargos comissionados acima do necessário.
3. Diminuir ou eliminar gratificações que pressionam a folha.
4. Só então pode abrir concurso.
Agora, isto se houver intenção de realizar com a devida legalidade o tão sonhado concurso público no município. Porque, sem esses cortes, o edital simplesmente não pode existir.
O fator político que complica tudo
Existe também um ponto sensível: politicamente, é um risco enorme demitir funcionários em ano eleitoral. Nenhum gestor local gosta de assumir esse desgaste às vésperas da campanha.
E é justamente por isso que, na prática, o que pode acontecer é:
• manter os contratados até o fim de 2026, evitando queda de popularidade,
e só realizar as demissões após as eleições, preparando o terreno para o concurso.
Contudo, essa prática — apesar de comum — pode ser interpretada como ação meramente eleitoreira, já que manter funcionários até o pleito pode ser visto como tentativa de garantir votos daqueles que dependem do contrato.
Se houver denúncia ou investigação, a gestão pode ser questionada por suposto uso da máquina de forma eleitoral.
Conclusão direta
Para realizar o concurso em Maribondo (2026) de forma legal, transparente e sem risco jurídico:
✔️ Terá que demitir.
✔️ Terá que ajustar a máquina.
✔️ Terá que enfrentar o custo político — seja antes ou depois da eleição.
Se fizer antes, paga o preço eleitoral.
Se fizer depois, paga o preço jurídico e moral.
Mas uma verdade continua inalterada:
Não existe concurso em Maribondo sem corte de contratados.
Sobre o blog
Blog focado em política.
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