Dudu Cearense quer levar família para Israel
No início de junho Dudu Cearense deixou o futebol grego para ir atuar no Maccabi Netanya, de Israel. Mal chegou no novo clube e o histórico conflito com a Palestina voltou a chamar a atenção do mundo por bombardeios na Faixa de Gaza.
Apesar da tensão, o volante afirma que não se arrepende da escolha e que ainda pretende levar a família para morar com ele no novo país.
“Nunca me arrependo das minhas decisões e a de vir para Israel foi uma familiar. O grupo está tranquilo. Eles vivem isso há muito tempo. A situação agora está um pouco crítica, mas esperamos que passe logo, porque quero trazer minha família para cá”, disse ele em entrevista exclusiva.
Dudu contou que sua família ainda está tirando o visto para poderem viajar para Israel, mas que vai esperar um pouco a situação melhorar para autorizar que eles deixem Salvador, onde moram. Ele ainda disse que é natural que todos seus conhecidos fiquem um pouco preocupados com a sua atual situação, mas que está tudo bem.
Até agora Dudu passou apenas três semanas em Israel, já que seu clube logo saiu para excursionar em pré-temporada pela Europa.
Após passar pela Áustria, onde o Maccabi Haifa, outro clube israelense enfrentou problemas com torcedores pró-Palestina, ele está agora na Hungria, de onde retornará para Israel na próxima quarta-feira e disse não temer que um episódio parecido aconteça com eles.
“Em nenhum momento ou lugar percebemos um clima hostil. Não quero dar uma opinião sobre a guerra porque qualquer comentário pode ser mal interpretado, mas seja aqui na Hungria ou no tempo em que passei em Israel, foi tudo muito bom, muito tranquilo”, relatou.
Programação normal
Segundo Dudu, o Maccabi Netaya também passa muita tranquilidade para seus atletas. O clube também manteve toda sua programação normal de pré-temporada. No dia 2 de agosto começa a Toto Cup e no dia 27 o Campeonato Nacional.
“Não houve qualquer mudança de programação, está tudo normal. O clube também nos tranquiliza, dizendo que a cidade não é alvo dos ataques e que mesmo assim estamos protegidos pelos Domos de ouro, que são antimísseis”, conta ele.
Apesar de todo esse clima de tranquilidade que vive em meio ao conflito na Faixa de Gaza, ele admite: “a cidade é maravilhosa, mas fica aquela tensão de soar a sirene”, diz ele se referindo aos avisos de bombas, que mandam todos irem para os refúgios.