O Instituto Nacional de Câncer (Inca) estima que este ano haja 440 casos novos de câncer de próstata em Alagoas, sendo 180 na Capital. No Brasil, esse tipo de câncer é o segundo mais comum entre os homens, ficando atrás somente do câncer de pele não-melanoma.

Para alertar os profissionais, principalmente os homens, que atuam no Hospital Geral do Estado (HGE), a Seção de Saúde Ocupacional promoveu nesta quarta-feira (18) uma palestra sobre a prevenção e o tratamento da doença. A palestra, ministrada pelo médico urologista Francisco Disnaldo, foi realizada em alusão ao Dia Nacional do Homem, lembrado em todo o País no último domingo, 15 de julho.

Durante o encontro, Francisco Disnaldo chamou a atenção para a necessidade dos exames preventivos, que devem ser realizados a partir dos 40 anos, em homens com histórico familiar de câncer de próstata, e a partir dos 45 anos para aqueles que não possuem relato de casos na família. Os sintomas que representam alerta são diminuição do jato de urina, fluxo da urina interrompido, maior frequência e urgência em ir ao banheiro.

“O ideal é a realização dos exames de toque retal e a dosagem do PSA. É importante que fique bem claro que o exame de toque, tão temido pelos homens, é muito mais que o dever do médico; o exame é um direito dos homens e eles devem exigi-lo na consulta”, ressaltou.

De acordo com o urologista, o exame PSA é relevante, pois sugere o diagnóstico, mas somente a junção do PSA com o toque retal é capaz de fornecer uma margem de 95% de acertos no diagnóstico. “O PSA sozinho apresenta 70% de acertos; esses 30% restantes podem ser homens que só vão descobrir o câncer de próstata em seu estágio avançado”, argumentou.

A próstata é um órgão silencioso, mas quando apresenta sintomas representa o estágio avançado da enfermidade. “Na próstata podem ocorrer várias doenças que apresentam sintomas parecidos, por isso não podemos pensar que qualquer alteração é câncer de próstata”, lembrou.

Incidência - Dentre os fatores de risco para o câncer de próstata, a idade se destaca devido ao aumento da incidência e da mortalidade após os 55 anos. Apesar desse tipo de câncer ser considerado da terceira idade, homens jovens também podem desenvolver a doença.

Segundo Francisco Disnaldo, pelo menos 16% dos casos atingem homens com menos de 55 anos. “Em idosos é mais frequente e com evolução lenta; já em homens mais jovens o câncer é menos comum, mas de evolução rápida e maior gravidade”, destacou.