Alagoas
Falece em Maceió o mestre de guerreiro Nivaldo Abdias Bomfim
Símbolo da cultura popular sofreu AVC há alguns meses
20/07/2013 07h07
Faleceu nesta sexta (19) no fim da tarde, aos 81 anos, o mestre de Guerreiro Nivaldo Abdias Bomfim, o Mestre Nivaldo, do grupo de Guerreiro Campeão do Trenado. Nivaldo estava em casa, era diabético, e havia sofrido um AVC (Acidente Vascular Cerebral) há alguns meses. A causa da morte não foi divulgada. “Ele estava muito fraquinho e morreu de repente”, disse seu filho Cícero Abdias, mais conhecido por Cicinho, brincante também do guerreiro.
O velório está acontecendo em sua residência, localizada à Rua do Sol, 17 A, Alto da Boa Vista, na Chã da Jaqueira, próximo à padaria Boa Vista, entrando na rua da quadra de esportes, e o enterro será no Cemitério São Luiz, no bairro da Colina, às 15h.
Em 2005, Mestre Nivaldo foi declarado Patrimônio Vivo de Alagoas, registrado no livro do registro do Patrimônio Vivo, do estado de Alagoas.
Nasceu no município de Palmeira dos Índios (AL), no dia 05 de fevereiro de 1932, filho de Habito Abdias Bomfim e de Francisca Belarmino Bomfim.
Seu amor pela cultura popular começou aos oito anos dançando no reisado da mestra Zefa Bispo e no guerreiro da mestra Joana Gajuru do qual aos doze anos foi mestre.
Dançou e muito aprendeu com grandes mestres como, Adelmo Vieira/Atalaia e o mestre Zé Pequeno/Maceió. Participou, por vários anos, do guerreiro “Barreira Pesada”, coordenado por sua filha Iraci, no bairro da Chã da Jaqueira, onde reside.
“Dos meus nove filhos, oito participam da brincadeira: meu filho Cícero faz os chapéus e os adereços e brinca na figura do Índio Peri, a minha filha Quitéria, que tem um bonito trupé, costura e borda toda a indumentária, minha neta Nadja, com apenas onze anos, sabe toda a parte da Estrela de Ouro e a Creuza, minha mulher, é a rainha de dentro de casa e do guerreiro”, diz orgulhoso o mestre Nivaldo.
Com a mudança da filha Iraci para o interior do estado se viu obrigado a formar seu próprio grupo. “Formei, há seis anos, o guerreiro “Campeão do Trenado” e dei esse nome em homenagem ao meu grande amigo e mestre de guerreiro, Francisco Jupi, que tinha o apelido de “Campeão Trenado”.
Mestre Nivaldo Abdias era um dos poucos mestres que mantinham a tradição de sair com seu grupo, em caravana, durante o período natalino, percorrendo alguns municípios do estado, fazendo apresentações. “É uma verdadeira aventura. Saímos sem destino certo, na maioria das vezes sem nenhum acerto de apresentação, arranchados em lugares cedidos pelas autoridades do lugar ou embaixo de um pé de pau. As vezes passamos de dois a três meses nessa peregrinação, tem gente que ate troca de mulher”.
Em 2007, seu afamado guerreiro “Campeão do Trenado” foi contemplado com o prêmio de Culturas Populares, “ Mestre Duda, Cem Anos de Frevo”, do Ministério da Cultura.
“Não tenho medo da minha brincadeira acabar, o guerreiro está no sangue da minha família, com a minha morte, com certeza, meus filhos e netos vão continuar”.
O velório está acontecendo em sua residência, localizada à Rua do Sol, 17 A, Alto da Boa Vista, na Chã da Jaqueira, próximo à padaria Boa Vista, entrando na rua da quadra de esportes, e o enterro será no Cemitério São Luiz, no bairro da Colina, às 15h.
Em 2005, Mestre Nivaldo foi declarado Patrimônio Vivo de Alagoas, registrado no livro do registro do Patrimônio Vivo, do estado de Alagoas.
Nasceu no município de Palmeira dos Índios (AL), no dia 05 de fevereiro de 1932, filho de Habito Abdias Bomfim e de Francisca Belarmino Bomfim.
Seu amor pela cultura popular começou aos oito anos dançando no reisado da mestra Zefa Bispo e no guerreiro da mestra Joana Gajuru do qual aos doze anos foi mestre.
Dançou e muito aprendeu com grandes mestres como, Adelmo Vieira/Atalaia e o mestre Zé Pequeno/Maceió. Participou, por vários anos, do guerreiro “Barreira Pesada”, coordenado por sua filha Iraci, no bairro da Chã da Jaqueira, onde reside.
“Dos meus nove filhos, oito participam da brincadeira: meu filho Cícero faz os chapéus e os adereços e brinca na figura do Índio Peri, a minha filha Quitéria, que tem um bonito trupé, costura e borda toda a indumentária, minha neta Nadja, com apenas onze anos, sabe toda a parte da Estrela de Ouro e a Creuza, minha mulher, é a rainha de dentro de casa e do guerreiro”, diz orgulhoso o mestre Nivaldo.
Com a mudança da filha Iraci para o interior do estado se viu obrigado a formar seu próprio grupo. “Formei, há seis anos, o guerreiro “Campeão do Trenado” e dei esse nome em homenagem ao meu grande amigo e mestre de guerreiro, Francisco Jupi, que tinha o apelido de “Campeão Trenado”.
Mestre Nivaldo Abdias era um dos poucos mestres que mantinham a tradição de sair com seu grupo, em caravana, durante o período natalino, percorrendo alguns municípios do estado, fazendo apresentações. “É uma verdadeira aventura. Saímos sem destino certo, na maioria das vezes sem nenhum acerto de apresentação, arranchados em lugares cedidos pelas autoridades do lugar ou embaixo de um pé de pau. As vezes passamos de dois a três meses nessa peregrinação, tem gente que ate troca de mulher”.
Em 2007, seu afamado guerreiro “Campeão do Trenado” foi contemplado com o prêmio de Culturas Populares, “ Mestre Duda, Cem Anos de Frevo”, do Ministério da Cultura.
“Não tenho medo da minha brincadeira acabar, o guerreiro está no sangue da minha família, com a minha morte, com certeza, meus filhos e netos vão continuar”.
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