Por meio de um exame de balística, feito no laboratório do Instituto de Criminalística (IC), peritos criminais da Força Nacional conseguiram comprovar o uso de um revólver de calibre 38, apreendido pela polícia em poder de Diego Ronaldo da Silva, 20, e Diego da Silva, 19, presos em flagrante em novembro do ano passado. Além do revólver, a dupla criminosa ainda estava com uma pistola 380 e um veículo roubado.

A ligação entre os crimes foi percebida após investigação da Delegacia de Homicídios que, no último dia 21 de janeiro, solicitou aos peritos o exame de comparação balística em seis projéteis de calibre 38, um estojo, uma camisa e núcleo de calibre 38, e dois projéteis de calibre 380, com as armas apreendidas com os suspeitos.

Durante dez dias, os peritos se debruçaram no caso e conseguiram concluir o laudo. No laboratório, foram produzidos projéteis padrões comparados com todo material encontrado em três locais de crime, no referido mês em que os acusados foram presos.

O primeiro homicídio aconteceu em 2 de novembro de 2014, quando o servente de pedreiro Luciano José da Silva, de 35 anos, foi emboscado na Grota do Rui Palmeira, no bairro da Serraria, e morreu atingido por vários disparos no tórax. No dia 19, o jovem Cristiano Aureliano da Conceição, de 20 anos, foi assassinado a tiros dentro de sua residência localizada na Travessa São Francisco, grota Rui Palmeira, no mesmo bairro.

Uma semana após, no dia 26 de novembro, o jovem Felipe Roberto de Lima Silva sofreu uma tentativa de homicídio na Rua Dona Morena, na Vila São Luiz, no bairro do Feitosa. Ele foi socorrido, mas, não resistiu aos ferimentos e morreu ao dar entrada no Hospital Geral do Estado (HGE).

Após a comparação balística, os peritos conseguiram comprovar tecnicamente que o mesmo revolver foi utilizado para assassinar as três pessoas e o exame ainda confirmou que a pistola apreendida, e examinada, também foi utilizada no crime que vitimou Felipe Roberto de Lima Silva.

O laudo pericial com resultado positivo dos exames foi encaminhado para o delegado responsável pela investigação dos crimes que deverá concluir o inquérito apontado a autoria dos homicídios.