Conselheiro tutelar suspeito de pedofilia é impedido de participar de eleição

O conselheiro Edmilson Soares, que é um dos membros do Conselho Tutelar dos Direitos da Criança e do Adolescente do município de Girau do Ponciano, foi impedido pela justiça de participar das eleições no próximo dia 10 de outubro. Edmilson é citado em um processo que o acusa de ter envolvimento em um caso de pedofilia, que teria acontecido no ano de 2009, na mesma cidade.
A decisão de afastá-lo das eleições foi confirmada na manhã desta sexta-feira (18) pela promotora de Justiça, Delma Damasceno. “O Ministério Público solicitou o afastamento do conselheiro no processo eleitoral e o juiz Maurício Breda acatou o pedido”, afirmou a promotora.
Ainda segundo a promotora, o acusado ainda não foi julgado, mas o processo continua em andamento. Delma Damasceno negou que o processo que completou quatro anos e seis meses estivesse arquivado. Ela informou que além da alta demanda de processos no Ministério Público, houve também um problema na rede de informática, o que ocasionou ainda mais lentidão no andamento desse caso.
Entenda o caso
Em 2010, uma adolescente que na época tinha 15 anos, acompanhada da mãe, prestou depoimento à polícia e citou o nome de várias pessoas na cidade de Girau do Ponciano que haviam mantido relações sexuais mediante pagamento de dinheiro.
Entre os suspeitos citados pela adolescente estão um policial civil, um suposto funcionário dos Correios, um comerciante, um vendedor e Edmilson Soares, que na época era ex-conselheiro tutelar.
De acordo com o depoimento da adolescente, o encontro com Edmilson Soares aconteceu em um terreno localizado na loja de móveis que fica próximo ao cemitério de Girau do Ponciano. Ainda segundo o depoimento Edmilson Soares pagaria R$ 50, mas após manter relações sexuais com a menor , ele teria pago somente R$ 30.
Além dessa denúncia, internautas afirmaram que Edmilson Soares já teve envolvimento sexual com outras menores , caracterizando o crime de pedofilia, mas que não foram denunciados. A população estava indignada com a possibilidade do atual conselheiro conseguir a reeleição mesmo sendo citado em um processo de pedofilia.
“ Ainda bem que a justiça impediu que esse pedófilo participasse das eleições para uma entidade que tem como principal missão defender os direitos da criança e do adolescente”, desabafou um denunciante.
A equipe de reportagem do Portal 7 Segundos tentou entrar em contato com o conselheiro mas não obteve êxito.
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