Namorado pode ter simulado suicídio de fisiculturista
A juíza que decretou a prisão de Raphael Suss Marques, namorado da fisiculturista Renata Muggiatti, de 32 anos, afirmou no despacho que há elementos que indicam que ele simulou o suicídio da vítima. Ela morreu ao cair do 31º andar de um prédio do Centro de Curitiba, onde ambos moravam juntos há seis meses.
Raphael Marques foi preso na sexta-feira (25) e, neste sábado (26), transferido para o Complexo Médico-Penal de Pinhais. Ao ser preso, ele reforçou a versão de que Renata pulou do prédio porque quis. A prisão temporária tem prazo de 30 dias e serve para que ele não atrapalhe as investigações.
Ainda conforme a juíza, Raphael possivelmente alterou as circunstâncias do evento para simular a ocorrência de suicídio. “Inclusive a jogando do prédio, maquiando o homicídio”, sustentou a juíza Michele Cintra. Laudo do IML aponta que Renata foi asfixiada antes da queda do prédio.
Para a polícia, este fato mostra que ela não poderia ter pulado, já que estava desacordada. Assim, chegou-se à suspeita de que Raphael foi o autor do crime, já estavam apenas os dois no apartamento no momento da queda. Logo após a morte, o namorado disse que Renata já havia tentado pular do prédio outras duas vezes, mas que ele havia impedido.
A investigação aponta ainda que Renata e Raphael tinham um relacionamento conturbado. Ela tomava remédios antidepressivos receitados por ele, e chegou a pedir ajuda de um advogado por mensagem de celular. Em uma delas, afirmou que precisava de ajuda porque apanhava de uma pessoa alcoolizada e que não lembrava o que fazia no dia seguinte.
O advogado de Raphael Suss Marques não quis comentar as investigações.
Agressões
Os relatos de agressão sofridos por Renata também influenciaram a polícia a pedir a prisão de Marques. O advogado Cláudio Dalledone disse que foi procurado por Renata seis dias antes da morte. Em entrevista ao G1, ele afirmou que a fisiculturista mandou uma série de fotos em que apareciam hematomas. O advogado afirmou que tentou orientar Renata, mas que não a conhecia pessoalmente. “Não sei como ela veio até mim, mas acho que foi uma referência pelo nome, talvez”.
“Aí ela me mandou quatro fotos mostrando as lesões. Eu disse pra ela fazer um boletim de ocorrência e tal. Daí ela começou a desabafar dizendo que há muito tempo estava sendo espancada. Aí ela se referiu a outras agressões e me mandou mais três fotos”, acrescentou o advogado.
Dalledone disse que voltou a insistir para que Renata procurasse a polícia para relatar o caso, mas ela argumentou que o namorado era alcoólatra e que ela teria problemas para fazer isso.
Depois de saber da morte da fisiculturista, o advogado contou que se deu conta que era a mesma pessoa que havia pedido ajuda e relatou o caso às autoridades. “Eu só não avisei a polícia antes porque quando ela me procurou eu perguntei se ela estava correndo perigo, e ela justificou que não justamente porque havia policiais por perto do local”, argumentou o advogado. Se fosse o contrário, Dalledone argumentou que teria avisado a polícia imediatamente.
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