A greve da Educação em Penedo completa quatro meses nesta terça-feira, 29 de setembro. O movimento iniciado em 29 de maio será tema de audiência pública promovida pela Câmara de Vereadores na quinta-feira, 01 de outubro, na Casa de Aposentadoria, a partir das 9 horas, com a participação de representantes do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Penedo (SINDSPEM).

 “É um fato novo a respeito das reivindicações que justificam a paralisação, uma ação muito positiva dos vereadores que, igualmente aos trabalhadores da Educação, aguardam o envio do projeto de lei à Câmara sobre o reajuste e outros pontos da pauta da greve, mas o governo ainda não encaminhou a proposta, mesmo depois da mediação do Ministério Público Estadual solicitada pelo SINDSPEM, então a audiência pública vem em boa hora”, disse a Presidente Ana Flávia Teixeira.

A greve na rede municipal de Educação em Penedo é a mais longa da história do município. São quatro meses de mobilização contra a falta de valorização dos servidores da Educação e por melhores condições de trabalho para as categorias que lutam por salário digno.

Por sugestão do Promotor de Justiça Izadílio Vieira, o governo deve reajustar em 7% o salário dos docentes, percentual aceito pela administração que alegava impossibilidade que conceder qualquer aumento antes do início da greve.

Do nada que afirmava dispor, o governo passou a oferecer míseros 3% de aumento e apenas para professores. Depois de apresentar em assembleia no SINDSPEM um estudo de impacto na folha elaborado com gastos inexistentes, a administração mudou a proposta, passando para 5%, mantendo merendeiras, serviçais, vigilantes, agentes administrativos e secretários escolares sem qualquer reajuste.

Se houve avanço na questão dos professores, a Prefeitura de Penedo não muda a proposta para as demais categorias: 0%, nada, nenhum percentual. Esperamos que o bom senso prevaleça na audiência pública para a retomada, integral, do ano letivo.

Atualmente, exceto pelo trabalho dos contratados, as salas de aula das 30 unidades da rede têm professor lecionando duas vezes por semana, compromisso firmado pelos efetivos que equivale ao cumprimento de 40% da jornada semanal de trabalho.