Os funcionários que chegaram para trabalhar no plantão da Unidade de Emergência do Agreste (UEA) na noite desta segunda-feira (28) tiveram uma desagradável notícia: A alimentação para quem trabalha nos turnos de 12h e 24h foi suspensa. Quem chegou para cumprir o plantão com a certeza que o jantar seria servido habitualmente às 20h30 teve que improvisar algum lanche para não passar a noite toda com fome.

A informação foi repassada aos funcionários pela chefia de enfermagem e a justificativa era de que não havia ingredientes suficiente para o preparo das refeições na dispensa da unidade hospitalar.

Segundo alguns funcionários a escassez de alimentos já vem ocorrendo há alguns meses mas eles não podiam imaginar que ficariam de vez sem a refeição. “Vínhamos comendo diariamente feijão, arroz, carne moída ou carne de soja, já estava ruim, mas não esperávamos essa situação”, relatou um funcionário.

Após a notícia da suspensão da alimentação boa parte dos funcionários recorreram a parentes para providenciar algum tipo de refeição. Mas os servidores que moram em outros municípios tiveram que recorrer aos serviços delivery de sanduiches disponível na cidade.

Depois de algumas horas que a notícia da suspensão da alimentação já estava circulando nas redes sociais a direção da U.E. do Agreste providenciou quentinhas para os funcionários que ainda não tinham se alimentado.

Ainda de acordo com denúncias  a escassez de alimentos pode afetar também a dieta de alguns pacientes que precisam de uma alimentação balanceada para contribuir na recuperação do quadro clínico.  “Quentinhas podem ser servidas para funcionários e acompanhantes mas é inadmissível que pacientes  recebam esse tipo de alimentação”, desabafou uma funcionária.

A equipe do Portal 7Segundos entrou em contato com a assessoria de comunicação da U.E do Agreste para obter informações sobre as denúncias. A assessoria informou que estava apurando os fatos e enviaria nota esclarecendo os fatos. 

Nota da Sesau

Em nota, a Secretaria Estadual da Saúde (Sesau) afirma que assim que os recursos forem liberados pela Secretaria da Fazenda, o abastecimento do hospital deverá ser normalizado o que deve acontecer até esta quarta-feira (30).