O inverno começa apenas no final de junho, mas a chuva que começa a cair já no outono requer cuidados, principalmente dos municípios alagoanos localizados no Sertão, onde a população tem o hábito de armazenar água. O alerta é da coordenadora estadual de Núcleo de Vigilância dos Agravos de Veiculação Hídrica, Jean Lúcia Santos, que pontua o crescimento dos casos de diarreia em Alagoas.

No período de janeiro a abril de 2016, foram notificados cerca de 30 mil casos de diarreia no Estado. No mesmo período do ano passado, o registro foi de 23 mil casos. “Esse número é esperado conforme a série histórica que Alagoas vem apresentando nos últimos anos”, explicou Jean Lúcia. No entanto, alguns cuidados são necessários para evitar a repetição dos 80 mil casos registrados em todo o ano de 2015.

Devido à falta de água, a intermitência do seu abastecimento e o consequente uso de cisterna para o seu acondicionamento, Jean Lúcia esclareceu que é comum a população buscar formas alternativas de armazenar água. Uma delas é aproveitar a água das chuvas, por meio da captação do telhado, em calhas e cano de pvc.

Nessas situações, ela recomenda que se despreze a primeira água para depois condicionar as outras. Isso porque, inicialmente a chuva vai lavar a calha, tirando as impurezas que podem causar algum problema de saúde, a exemplo da diarreia e também leptospirose, causada por uma bactéria presente na urina de ratos.

Cuidados - Jean Lúcia listou alguns cuidados que a população deve ter com a água para consumo. “Não consumir de fontes desconhecidas, filtrar, ferver e utilizar o hipoclorito de sódio na água”. No caso de uso de cisternas, estas devem ser lavadas para evitar contaminação que cause diarreias ou doenças parasitárias.