O destino envolvendo acidentes com motos cruzou a vida de José Cícero Oliveira, 49 anos, duas vezes e deixou sequelas pelo resto da vida. O primeiro acidente aconteceu há 7 anos. O segundo, em companhia da esposa, ocorreu em outubro do ano passado. A gravidade desse segundo acidente deixou o casal dependente de cadeira de rodas. 

No primeiro acidente, durante o trabalho, José Cícero teve os movimentos do braço esquerdo comprometidos. Mas o segundo acidente, que ocorreu na noite do dia 03 de outubro, no Bairro Boa Vista, em Arapiraca, por pouco não tirou a vida do casal que estava seguindo para casa de parentes em uma motocicleta. O veículo foi atingido, segundo afirmação de Cícero, por um motociclista embriagado.

Devido à gravidade do acidente José Cícero e a esposa, Lécia Cristina Bezerra, 38 anos, tiveram várias paradas cardíacas durante o atendimento médico e depois que foram internados no Hospital de Emergência do Agreste (HEA). Entre o período na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e no setor de recuperação, cada um deles, permaneceu mais de trinta dias internado no HEA.

Lécia Cristina passou por quatro cirurgias, mas teve que amputar a perna direita. José Cícero, perdeu o pé e parte da perna. A nova realidade com muletas e cadeiras de rodas mudou radicalmente a rotina do casal que são pais de três filhos, de 10, 15 e 18 anos. Um deles tem problemas neurológicos e faz uso de medicamento controlado.

Dificuldades de locomoção e financeira

Após a saída do hospital, eles passaram um período na casa de parentes, mas o desejo de voltar para a própria casa, mesmo sem ter condições de receber dois cadeirantes, foi maior. Há cerca de dois meses, eles estão na residência que tem piso de cimento grosso, e as portas não tem largura suficiente para passar com a cadeira de rodas.

“Antes de vir pra cá comprei R$ 3mil de material de construção para tentar melhorar as condições, mas não deu para fazer muita coisa”, relatou Cícero.
Ele disse que a única renda da família é um salário mínimo que conseguiu através de um benefício concedido pelo INSS devido ao primeiro acidente. Mas boa parte está comprometida para pagar as parcelas referente ao pagamento do material de construção. O cadeirante diz que não tem constrangimento em afirmar que a família está passando por necessidades básicas.

“Se não fosse a solidariedade de algumas pessoas, estávamos passando fome”, relatou.
Sem segurar as lágrimas e tentando esconder a tristeza dos filhos que estavam presentes durante a entrevista, Lécia Cristina, disse que não é fácil ter que enfrentar essa nova realidade bruscamente. “Sempre fui uma pessoa muito ativa, ajudava o Cícero nas despesas de casa fazendo bicos, vendendo produtos, e agora estamos nessa situação”, afirmou emocionada.

Se não bastasse o sofrimento do casal, há cerca de dois meses, Lécia levou uma queda da cadeira de rodas e perdeu o movimento do coto da perna direita, o que pode inviabilizar no futuro o uso de uma prótese. Ela vai ter que passar por uma nova cirurgia em Salvador para tentar recuperar os movimentos.

Diante dessa situação o casal pede ajuda para tentar adiantar algum serviço na casa para melhorar a comoção nas cadeiras de rodas. “Qualquer ajuda é bem-vinda, pode ser um saco de cimento, uma carroça de areia, cerâmica para o piso, e até mesmo a solidariedade de profissionais como um pedreiro para ajudar no acabamento do imóvel. “Estamos dependendo da solidariedade de todos, e qualquer ajuda vai fazer muita diferença”, finalizou Cícero.

Quem quiser fazer alguma doação pode ir até o endereço do casal que fica na Rua Alberto Alves, nº 42, no residencial Alphaville, no Bairro Boa Vista (rua em frente ao motel Palace). ou ligar para o José Cícero: 9 9983-9777.

Quem desejar fazer alguma doação em dinheiro pode realizar  o depósito na Caixa Econômica Federal por meio da conta nº: 60603-8 e agência 0056.