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Robô ajuda bebês com risco de paralisia cerebral a engatinhar

Por 7 Segundos com Gizmodo 28/07/2016 11h11
Robô ajuda bebês com risco de paralisia cerebral a engatinhar

Robôs e inteligência artificial muitas vezes são vistos com maus olhos, como potenciais destruidores da raça humana. Mas quando você vê um robô ajudando um bebê a engatinhar, o coração amolece um pouquinho. E é exatamente isso que uma máquina desenvolvida por pesquisadores da Universidade de Oklahoma faz.

O Self-Initiated Prone Progression Crawler (SIPPC) foi projetado para minimizar o impacto neurológico causado pela paralisia cerebral em crianças. A paralisia cerebral tem raízes numa série de doenças neurológicas que podem acontecer durante a gravidez ou na infância. As crianças podem sofrer severos impactos nas habilidades motoras e, às vezes, nas capacidades intelectuais.

Geralmente as crianças não são diagnosticadas com a doença até que completem o primeiro ano de idade, mas movimentos auxiliares nos primeiros meses podem ajudá-las a desenvolver habilidades motoras e cognitivas, evitando danos maiores caso o quadro seja confirmado.

Então os pesquisadores projetaram esse ‘andador’ motorizado para crianças entre dois e oito meses, que as ajuda a engatinhar. Além disso, um eletroencefalograma monitora as atividades cerebrais durante os exercícios, enquanto câmeras capturam movimentos 20 vezes por segundo para criar um gráfico 3D do comportamento.

O centro de toda essa operação robótica, no entanto, é o algoritmo de aprendizagem automática que analisa os movimentos das crianças e antecipa o que ela está tentando fazer. O ‘andador’ recebe uma assistência motorizada para ajudar nos movimentos.

O dispositivo do vídeo acima é, na verdade, a terceira versão do desenho do robô. Desde que recebeu financiamento da National Science Foundation em 2012, o projeto teve uma série de sucessos, levando ao estudo de 56 bebês. Infelizmente, o aparelho ainda está nas primeiras fases de desenvolvimento e não pode ser usado pelas famílias em suas casas. Mas os pesquisadores esperam que isso mude em breve.