O passar do tempo vem fazendo muito bem à atriz Camila Rodrigues (33). E não só em relação à carreira, na qual tem visto sua inesquecível rainha Nefertari, de Os Dez Mandamentos, fazer sucesso além das fronteiras nacionais. Mas também na vida pessoal. “Você ganha certa serenidade. A maturidade traz isso, te coloca no lugar de resolver problemas e saber lidar com as dificuldades de uma maneira melhor. As coisas se resolvem no seu tempo... É tudo mais leve, tranquilo”, constata ela, no hotel Royal Tulip Rio São Conrado. Esse ganho vem ajudando Camila a superar um momento bastante delicado, do qual fala somente agora pela primeira vez.

Há cerca de cinco meses, ela se separou do empresário Roberto Costa (35), após cinco anos de relação. “Beto foi um companheiro maravilhoso durante todo o tempo em que ficamos casados. Nosso amor se transformou e seguimos caminhos diferentes. Continuamos amigos. E está tudo certo”, garante. Mas para a atriz, que também já foi casada com o ator Bruno Gagliasso (34), isso não significa que possa descrer da instituição. “Eu acredito sempre em casamento”, diz. O trabalho também tem sido um aliado perfeito durante essa fase. “Eu não paro em casa. Tenho trabalhado muito, estou totalmente focada nos meus compromissos”, conta. E não são poucos. Logo após o fim da trama bíblica de grande sucesso, em julho, Camila gravou Sem Volta, série de suspense e ação de 13 capítulos nos moldes das americanas Lost e The Walking Dead, com direção de Edgard Miranda (43) e estreia prevista até o fim do ano na Record. Depois, ainda fez viagens ao Chile, República Dominicana e Montevidéu, onde a novela Os Dez Mandamentos está estourada na audiência. As próximas paradas serão em Portugal e no Panamá para divulgar o filme homônimo. Antes disso, roda o drama A Purga, de Marcio da Rocha, com lançamento em 2017, que fará o público refletir sobre temas como pré-conceito. Além disso, se dedica a nova faceta de empreendedora. Em outubro, inaugura em sociedade com Elaine Theophilo, a loja de roupa fitness Up Fit, na Rio Sport Center, na Barra, Rio.

Qual a principal diferença da Camila que estreava aos 21 anos na TV para a mulher de hoje?

Não sabia o que era ser atriz, a importância do estudo. Tive formação na Casa das Artes de Laranjeiras, Cal, mas a gente acaba não usando muitas coisas. Era decorar o texto, ir na intuição, ainda mais com aquela rapidez de novela. Achava legal, porque estava no ar. Com o tempo, passei a valorizar mais a importância do aprofundamento no texto, a dedicação. Hoje, faço toda uma preparação, coaching, tenho responsabilidade comigo e com a profissão. A Ne fertari trouxe essa questão de fazer mais e mais e de as pessoas quererem mais e mais de mim. Entendi perfeitamente que nunca mais vou fechar esse ciclo.

E pessoalmente?

Aquela Camila era uma menina sonhando em viver de arte. Hoje, é a Camila sabendo que vai viver de arte. Antes, se faltava algo, tinha pai, mãe. Mas sempre trabalhei, comecei cedo como modelo. Diferentemente de muitas meninas, não fui para a Disney, não fiz intercâmbio. Preferi pegar o dinheiro e investir no meu apartamento. Sempre fui responsável e controlada com dinheiro. Mas não trocaria os 33 anos pelos 20. Só o corpo, mas como não dá...

Você se cobra muito em relação à forma física?

Gostaria de ser um pouco mais magra. (risos) Mas antigamente me preocupava muito mais. Hoje, se algo está um pouco fora do lugar, tudo certo, faço uma dietinha. Não tenho conseguido malhar muito no momento. Então, estou achando ótimo do jeito que está. Mas quero muito voltar para a academia e para a yoga.

Como veio a ideia da loja?

Convidaram a minha mãe, que já trabalha com representação de linha fitness, mas ela não pôde e me indicou. Já tinha vontade de fazer outra coisa, colocar energia e cabeça em outro lugar, porque a gente fica muito dependente dos outros na minha profissão. Da emissora, do diretor, do momento... Isso é ruim. Fazer teatro hoje também está difícil, a gente faz por amor, não dá para pagar as contas. Então, vi o convite como uma oportunidade que não poderia deixar passar. Me associei a Elaine, que já tem outras duas lojas e começamos a reformar o local. Tive uma grande parceira, a arquiteta Camila Fleck, que fez o projeto.

Você sempre gostou desse tipo de roupa?

A moda fitness evoluiu e se transformou. Antes você pegava uma calça velha, qualquer blusa e ia malhar. Hoje, não. É uma moda forte. Você pode usar a roupa o dia inteiro antes da academia e fica arrumadinha. A calça legging também pode colocar no frio, com blusão, sobretudo. Tudo fofo!