Já passam de 30 mortes confirmadas por novo surto de ebola no Congo
O Ministério da Saúde da República Democrática do Congo (RDC) confirmou quatro novas mortes por ebola nas duas regiões do nordeste afetadas pelo último surto, aumentando para 59 os falecidos, dos quais 32 tiveram resultados positivos para a doença em mais de 100 casos.
O último surto de ebola, o segundo declarado em apenas um ano no país, afeta duas das províncias mais afligidas pelo conflito, Kivu do Norte e Ituri, onde se registraram um total de 102 casos (75 confirmados e 22 prováveis), segundo o último boletim do Ministério, que inclui dados até o dia 20.
Além disso, são 59 mortes registradas com sinais da doença, embora apenas 32 delas deram positivo até o momento, e o ministério investiga outros nove possíveis casos.
As autoridades do Congo e a Organização Mundial da Saúde (OMS) desenvolvem desde o último dia 8 uma campanha de vacinação com o tratamento experimental rVSV-ZEBOV, e já foram administradas 1.693 doses. A vacina ainda não foi liberada, mas foi usada experimentalmente em Guiné durante a mortal epidemia que afetou a África Ocidental em 2014 e 2015.
O atual surto da doença foi declarado nas províncias de Kivu do Norte e Ituri, no último dia 1º, apenas oito dias depois que o ministro da Saúde, Oly Ilunga, proclamasse o fim de outro, na província do Equador, no noroeste do país.
As autoridades descartaram qualquer relação entre as duas situações, já que, diferentemente do Equador, esta é causada pela linhagem Zaire, a mais letal que existe.
O ebola é transmitido por contato direto com o sangue e fluidos corporais de pessoas ou animais infectados, causa hemorragias graves e alcança uma taxa de mortalidade de 90%.