Ataques continuam e Ceará pede Força Nacional para reforço na segurança
Concessionária de veículos foi incendiada nesta quinta-feira (3)
O governador do Ceará, Camilo Santana, enviou ao Ministério da Justiça pedido de envio de homens da Força de Segurança Nacional após a explosão de uma bomba em uma pilastra de um viaduto em Caucaia, região metropolitana de Fortaleza, e o incêndio de dois ônibus e uma van. Enquanto na noite desta quinta-feira (3), uma concessionária de veículos da Renault foi invadida e teve seus funcionários rendidos e cerca de dez veículos incendiados. O Ministério da Justiça e Segurança Pública está analisando o pedido.
Entre os veículos incendiados pelos criminosos, na concessionária da Renault, estariam uma viatura da Polícia Militar e outra da Guarda Municipal de Fortaleza, que teriam sido identificadas pelos criminosos ao chegarem no local.
No portal do governo e em sua conta no Facebook, Camilo Santana descreveu que solicitou “apoio do governo federal, através do reforço de homens da Força Nacional de Segurança, Exército e Força de Intervenção Integrada (FIPI) ”.
Para reforçar a segurança no estado, o governador também anunciou “a nomeação imediata da turma de 220 novos agentes penitenciários, antes prevista para março” e “a imediata nomeação dos 373 novos policiais militares, já formados, para atuação nas ruas”.
O defensor público Emerson Castelo Branco, que atua em presídios no estado, disse à Agência Brasil que “as causas dos incidentes ainda têm que ser apuradas”. Ele, no entanto, assinala que os incidentes ocorrem após a Secretaria Estadual de Administração Penitenciária ter anunciado “endurecimento” na atuação nos presídios, 12 no total.
A imprensa local aponta que “facções” que atuam nos presídios comandaram os episódios de violência. No Ceará, atuam três facções de criminosos, duas de caráter nacional e uma local.
Em nota, o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Ceará informou que dez ônibus foram incendiados. Mais de uma dezena de pessoas foram presas ou apreendidas por suposto envolvimento com os atentados. Há adultos e adolescentes sob investigação.