Papa aceita renúncia de arcebispo chileno acusado de encobrir abusos
Ministério Público do país investiga mais de 200 denúncias de violência sexual cometida por membros da igreja

Por comunicado, a Santa Fé informou que o Papa Francisco aceitou a renúncia do arcebisbo de Santiago do Chile, Ricardo Ezzati. Ele, que era uma das figuras religiosas mais reconhecidas no país latino-americano, é acusado de encobrir diversos casos de abusos sexuais no país. A informação foi divulgada pela agência EFE.
Para o lugar de Ezzati, o papa Francisco nomeou como administrador apostólico, em "sede vacante", o monsenhor Celestino Años Braco, que vinha atuando como bispo de Copiapó, cidade localizada no norte do Chile.
Os bispos devem apresentar as renúncias ao papa ao cumprirem 75 anos, mas, a saída do cardeal, que tem 77, aconteceu em meio a denúncias. Em julho do ano passado, promotores chilenos chamaram Ezzati de suspeito de encobrir abusos sexuais infantis cometidos por membros da Igreja Católica e o convocaram para depor. Ezzati alegou inocência.
"Estou certo de que nunca encobri ou obstruí a Justiça e cumprirei minhas responsabilidades como cidadão para fornecer todos os antecedentes necessários para chegar à verdade", disse o então arcebispo.
O papa Francisco fez uma polêmica visita ao Chile em janeiro de 2018. Em abril enviou uma carta aos bispos chilenos em forma de mea culpa, na qual reconhecia "erros de avaliação" sobre o escândalo na igreja do Chile.
Depois de ouvir as vítimas, o papa convocou todos os bispos chilenos ao Vaticano em maio de 2018 para três dias de reflexão. Após o encontro, todos os bispos do país renunciaram. Desde então, o papa aceitou sete pedidos de demissão.
Denúncias investigadas
De 1960 até agora, o Ministério Público chileno tomou conhecimento de ao menos 266 vítimas de abusos sexuais cometidos por membros da Igreja católica chilena. Entre eles, 178 eram crianças ou adolescentes. Atualmente, há dezenas de investigações em andamento no país.
No ano passado, líderes locais da Igreja pediram perdão pelo abuso sexual de crianças cometidas por clérigos e concordaram em abrir seus arquivos e intensificar a colaboração com os promotores chilenos que investigam os casos.
Em junho, a polícia apreendeu documentos da corte eclesiástica da diocese de Santiago e, desde então, realiza buscas surpresa em escritórios da Igreja em todo o país, intimando bispos do Chile e do Vaticano a depor.
No ano passado, foi preso o padre Óscar Muñoz, braço direito de Ezzati no arcebispado de Santiago, acusado de violentar sete menores.
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