A leucemia é o nome da doença que designa um conjunto de cânceres que atingem os glóbulos brancos do sangue e compromete o sistema de defesa do organismo. O sexto mês do ano é marcado pela campanha #JunhoLaranja, que tem como objetivo conscientizar a população sobre a doença.

A doença se dá quando ocorre a quebra do equilíbrio da produção dos elementos do sangue, causada pela proliferação descontrolada de células-tronco. Dessa forma, formas jovens de glóbulos vermelhos, brancos ou plaquetas são produzidas em excesso. 

Além de perder a função de defesa do organismo, os glóbulos brancos doentes produzidos descontroladamente reduzem o espaço na medula óssea para fabricar outras células que compõem o sangue. Sendo assim, essas células caem na corrente sanguínea antes mesmo de estarem preparadas para exercer suas funções. 

Quando a medula óssea deixa de produzir as células sanguíneas normais, surgem os primeiros sintomas, entre eles: anemia, fraqueza, cansaço,manchas roxas e vermelhas na pele, sangramentos nasais e gengivais, gânglios inchados, febre, sudorese noturna, infecções, dores nos ossos e nas articulações. Já as leucemias crônicas de lenta evolução podem ser assintomáticas. 

Segundo a hematologista do Hospital Cliom, Priscilla Galvão, alterações no hemograma levam a suspeita da doença. "Por exemplo, leucócitos, com ou sem anemia, e plaquetas baixas. A partir da suspeita, são realizados exames mais detalhados como o mielograma, que é através da coleta do sangue de medula, e a imunofenotipagem, que vai diferenciar qual o tipo da leucemia", diz. 

Ela explica que a leucemia é tratada com quimioterapia, mas cada câncer tem um protocolo quimioterápico distinto. 

"Por se tratar de um câncer grave,  o diagnóstico precoce é fundamental para que o tratamento não seja atrasado e possibilite maiores chances de cura", pontua a especialista sobre a importância da conscientização da doença.