Bolsonaro diz que R$ 83 milhões oferecidos pelo G7 são "esmola"
O Presidente disse que o Brasil "vale muito mais"
Nesta quinta-feira (29), o Presidente Jair Bolsonaro voltou a falar da oferta de ajuda do G7 ao Brasil para ajuda no combate às queimadas e desmatamento na Amazônia e afirmou que os 20 milhões de dólares (83 milhões de reais) são uma "esmola" e que o Brasil "vale muito mais".
"Macron [ Presidente francês] ofereceu uma esmola. O Brasil vale muito mais do que 20 milhões de dólares, pelo amor de Deus", afirmou Bolsonaro, em uma transmissão na sua página do Facebook.
Na segunda-feira, o Presidente francês, Emmanuel Macron, anunciou que o grupo das sete nações mais industrializadas do mundo disponibilizou uma ajuda imediata de 20 milhões de dólares para combater os incêndios na maior floresta tropical do mundo.
Porém, Bolsonaro, que primeiramente impôs condições para aceitar a verba, como o reconhecimento da soberania do Governo brasileiro, agora declarou que o Brasil merecia uma ajuda maior, acrescentando que países da Europa estavam "comprando o país a prestações".
"Eu já havia dito que alguns países europeus estavam comprando o Brasil a prestações. Deram mais de 1 bilhão de dólares ao todo, no últimos 10 ou 12 anos. Agora, digam-me o que é que foi feito com esse dinheiro? Apontem um hectare que tenha sido replantado. Uma ação positiva. Não há nada. Grande parte foi para organizações não-governamentais (ONG) meterem ao bolso", disse o governante sem citar as fontes da informação.
"O problema não é desflorestar, o problema é desmamar esse pessoal (ONG)", acrescentou o chefe de Estado, que já na semana anterior tinha afirmado que os principais suspeitos dos incêndios na Amazônia eram as ONG.
"Todo o mundo é suspeito, mas a maior suspeita vem de ONG". (...) Há, no meu entender, um indício fortíssimo de que esse pessoal das ONG perdeu a teta [expressão usada sobre pessoas que recebem recursos públicos] deles. É simples", declarou o Presidente na semana passada, ao sair do Palácio da Alvorada, em Brasília.
A demarcação de terras indígenas também foi abordada por Bolsonaro na sua transmissão no Facebook, afirmandou que se demarcasse todas as áreas solicitadas, a "agricultura e pecuária ficariam inviabilizadas".
"Aproximadamento 200 áreas indígenas estão prontas a ser demarcadas. (...) Ou seja, hoje em dia, 14% do território brasileiro já está demarcado como terra indígena, mas se eu demarcar todas essas áreas que estão pedindo, esse valor passa para 20%. Simplesmente a agricultura, pecuária, ficariam inviabilizadas no Brasil", argumentou Jair Bolsonaro.
O ministro brasileiro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, que acompanhou Bolsonaro na transmissão, declarou que as demarcações indígenas já existentes devem ser todas revistas, porque há denúncias de "demarcações fraudulentas", que foram "aumentandas na sua extensão para alguém lucrar com isso".
Bolsonaro voltou a afirmar que não irá demarcar mais terras indígenas durante o seu atual mandato presidencial, que está no seu primeiro ano.
Últimas notícias
DMTT regulamenta uso de barreiras plásticas para coibir estacionamento irregular
Sesau garante aos pais de crianças atípicas a continuação do Serviço de Equoterapia
São Sebastião realiza 1º Fórum do Selo Unicef e reforça políticas para a juventude
Por unanimidade, STF mantém decisão sobre perda do mandato de Zambelli
Formação original do Barão Vermelho se reúne para a turnê em 2026
Hapvida é condenado a pagar indenização após negar cirurgia à paciente com risco de morte
Vídeos e noticias mais lidas
“Mungunzá do Pinto” abre os eventos do terceiro fim de semana de prévias do Bloco Pinto da Madrugada
Família de Nádia Tamyres contesta versão da médica e diz que crime foi premeditado
Prefeito de Major Izidoro é acusado de entrar em fazenda e matar gado de primo do governador
Promotorias querem revogação da nomeação de cunhada do prefeito de União
