Arapiraca

[Vídeo] Promotoria de justiça escuta gerente de UBS que denunciou esquema de "voto casadinho" em Arapiraca

Mais envolvidos serão ouvidos a partir desta quinta-feira (8)

Por 7Segundos 08/10/2020 07h07 - Atualizado em 08/10/2020 07h07
[Vídeo] Promotoria de justiça escuta gerente de UBS que denunciou esquema de 'voto casadinho' em Arapiraca
Promotor Rogério Paranhos - Foto: 7Segundos

Durante a tarde da última quarta-feira (07), o Promotor de Justiça Rogério Paranhos escutou por mais de duas horas o depoimento da Enfermeira Liliane Francisca da Silva, que foi exonerada pela Prefeitura de Arapiraca por denunciar um esquema de "voto casado". Para se manter no cargo de gerência da Unidade Básica de Saúde (UBS) do Canaã, ela teria que votar em Fabiana Pessoa (Republicanos) e em um candidato a vereador indicado pelo grupo.

Segundo Rogério Paranhos, a enfermeira, com muita segurança, forneceu mais detalhes, além dos que foram ditos ao 7Segundos, e em um áudio que circulou nas redes sociais. O promotor decidiu chamá-la, com urgência, para depor sobre o caso, após ver a notícia na imprensa. "Outra pessoas serão ouvidas já a partir desta quinta-feira (08). É uma investigação que demandará a oitiva de várias pessoas, pois teria ocorrido uma suposta reunião na Prefeitura de Arapiraca. Precisamos esclarecer os fatos, ainda não podemos nos precipitar pois estamos colhendo provas, mas vamos sim nos aprofundar nas investigações", explicou.

Na quinta-feira (08), o Promotor terá uma conversa com a Procuradora Regional Eleitoral de Arapiraca, Raquel de Melo Teixeira. Como o caso envolve a Prefeitura, a 4° Promotoria de Justiça também irá até o local. "Nossa intenção é apurar a verdade dos fatos", citou. 

"Não vamos fazer uma avaliação ainda sobre o mérito do fato, mas em tese, essa já é uma conduta vedada aos agentes públicos. Não se pode usar qualquer cargo para fins eleitorais. A Lei Eleitoral proíbe qualquer tentativa de cooptação eleitoral, em troca de qualquer tipo de coisa, seja de cargo, dinheiro ou bens, seja por agentes públicos ou por uma pessoa individual. Os fatos realmente são graves, mas se aconteceram ou não, e como ocorreu, ainda está sob investigação, e não podemos adiantar pois as investigações estão iniciando. Com muita prudência e firmeza, as investigações irão continuar.", finalizou Rogério Paranhos.