A sessão desta sexta-feira (12), da Câmara Municipal de Campo Grande, cidade localizada no Agreste alagoano, foi bastante conturbada devido a quantidade de gente presente na solenidade, que resultou em um requerimento solicitando mais transparência por parte da prefeita interina Josefa Barbosa da Silva.

De acordo com o presidente da Casa Parlamentar, vereador José Feliciano Lessa Leandro, vulgo Pitú, as informações da prefeitura são escondidas da população e até mesmo dos parlamentares, cujo dever é fiscalizar a administração municipal.

"Nossa principal função é fiscalizar e esse trabalho está sendo impedido por parte da administração pública municipal aqui em Campo Grande. Hoje, encaminhamos um requerimento para a prefeita solicitando os extratos bancários das contas da prefeitura de dezembro de 2020 até o dia 10 de fevereiro de 2021, incluindo a prestação de contas das verbas destinadas ao combate da Covid-19", relatou.

Após a sessão, que contou com a participação de centenas de correligionários da atual gestora de Campo Grande, uma equipe de vereadores foi impedida de entrar na Fundação de Saúde, localizada no centro da cidade.

"Após termos recebido denúncias de que o prédio estava sem medicamentos, eu e um grupo de vereadores fomos até o local, mas fomos impedidos de entrar pela multidão. Até os funcionários ficaram sem querer dar informações. Depois de muita insistência, constatamos que as denúncias tinham procedência", continuou o presidente da Câmara.

Ainda segundo ele, a Câmara Municipal entrará com um mandado de segurança contra a prefeitura.

A prefeita interina, Josefa Barbosa, é vereadora e foi eleita presidente da Câmara com o apoio dos vereadores da base de Cícero Pinheiro após se comprometer a fazer mudanças na gestão. Entretanto, políticos locais acreditam que ela é aliada do ex-prefeito Arnaldo Higino, condenado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e por prática de itinerância entre os municípios de Campo Grande e o vizinho Olho d´Água Grande.