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Misterioso 'poço do inferno' no Iêmen impressiona geólogos

A luz do sol quase não penetra o buraco e não se pode ver muito da borda, exceto as aves que entram e saem das profundezas

Por Istoé 21/06/2021 20h08
Misterioso 'poço do inferno' no Iêmen impressiona geólogos
Buraco - Foto: Reprodução/Web

Uma maravilha natural do leste do Iêmen cercada de mistério, de histórias de demônios e de espíritos maléficos, o buraco de Barhout, conhecido como o "poço do inferno", fascina os geólogos.

Vista aérea do misterioso poço de Barhout, Iêmen

© - Vista aérea do misterioso poço de Barhout, Iêmen

A cerca de 1.300 km ao leste da capital Sanaa, perto da fronteira com Omã, esta cratera gigante localizada no deserto da província de Al-Mahra tem 30 metros de largura e entre 100 e 250 metros de profundidade.

Segundo as lendas locais, foi criado para servir como prisão dos demônios, uma superstição reforçada pelo cheiro desagradável que emana de suas profundezas. Os responsáveis iemenitas afirmam desconhecer o que se encontra lá dentro.

"É muito profundo. Nunca alcançamos o fundo deste poço, porque tem pouco oxigênio e nenhuma ventilação", afirmou Salah Babhair, diretor-geral da autoridade local encarregado do estudo geológico e de recursos minerais.

"Fomos visitar o local e entramos no poço. Chegamos a uma profundidade de mais de 50-60 metros e notamos coisas estranhas no interior", relata Babhair.

"Também sentimos um aroma raro.. é muito misterioso", continua o especialista.

A luz do sol quase não penetra o buraco e não se pode ver muito da borda, exceto as aves que entram e saem das profundezas.

Segundo a superstição local, os objetos próximos ao buraco são sugados para dentro dele.

O poço tem "milhões e milhões" de anos. "Esses lugares precisam de mais estudos e pesquisas", destaca Babhair.

Ao longo dos séculos, várias histórias circularam sobre os "djins", espíritos geralmente malignos que viveriam no poço, ou sobre a ideia de o poço ser uma ameaça para a vida na terra.

Devido ao medo da maldição, muitos habitantes da região não se aproximam do buraco e, inclusive, evitam falar sobre ele.