Só sexo anal para continuar virgem? Entenda o “mito da virgindade”
Sexóloga explica como funciona o mito da virgindade e os malefícios que ele pode trazer à vivência sexual das pessoas
Desde a adolescência, quando se trata de sexo existe um tema que toma conta do imaginário das pessoas: “perder a virgindade”. Apesar de parecer simples, o conceito de virgindade pode ser complexo e mudar bastante de indivíduo para indivíduo.
Em um primeiro momento, o termo “virgindade” determina o fato de alguém já ter feito sexo ou não. Mas sabe-se que não existe um conceito ou regra que determine o que, especificamente, é sexo. Afinal, práticas que são consideradas preliminares por muitos, como o sexo oral e a masturbação, podem ser consideradas como sexo.
Contudo, em uma sociedade falocêntrica e machista, o fato é que muita gente só considera como sexo o que envolve penetração. No caso das mulheres, ainda vai além: existe toda a crença em torno do hímen – fina membrana que fica na entrada da vagina e costuma ser rompida no momento da penetração.
O hímen ainda é visto por muitas pessoas como uma “prova” de virgindade. Mas a teoria é questionável, uma vez que, além de existirem hímens que não se rompem com a penetração, existem também os que se rompem sem necessitar dela. Já foi comprovado que é possível romper o hímen até mesmo praticando equitação.
Mito da virgindade
Em meio ao moralismo da sociedade e os tabus em torno do sexo, surge o “mito da virgindade”, que faz com que as pessoas (principalmente mulheres) se considerem virgens (e dentro de certas regras e padrões), apesar de praticarem diversas práticas sexuais que não a penetração vaginal.
“Um exemplo são mulheres que, por motivos familiares ou religiosos, precisam casar ‘virgens’ e, para manterem o hímen intacto, praticam apenas sexo oral ou anal. Assim, a depender da cultura, ainda existem casais que apresentam o lençol manchado de sangue como prova de que a mulher esperou o casamento para fazer sexo, o que a faz virtuosa e compromissada com o matrimônio”, afirma a psióloga e sexóloga Alessandra Araújo.
A necessidade desse tipo de prática para algumas pessoas parte de uma opressão e cobrança – geralmente hipócrita – das normas que ditam a moral e os bons costumes. “Muitas pessoas vivem uma vida dupla, sem poder assumir seus desejos e prazeres com medo de não serem aceitos, e vestem a imagem do falso puritano”, diz.
Mas fica o alerta: isso tudo, além de disfuncional, pode causar muitos malefícios à sexualidade humana, que é algo natural e diretamente ligado à qualidade de vida. “Quando somos ensinados a sentir culpa, é possível desenvolver algumas psicopatologias desencadeadas pela nossa própria mente, que está programada para, sempre que possível, nos reprimir”, pontua Alessandra.
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