Emancipação do Campus de Arapiraca da Ufal ampliará acesso de estudantes do interior
Apenas 13% dos jovens entre 18 e 24 anos estão cursando o Ensino Superior em Alagoas_
A criação da Universidade Federal do Agreste de Alagoas, a partir da emancipação do campus de Arapiraca da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) se tornou um sonho para estudantes, professores, técnicos e moradores do Agreste. Um dos principais benefícios será a ampliação do acesso dos alagoanos que moram no interior aos cursos de graduação disponibilizados na instituição.
Estima-se que apenas 13% dos jovens entre 18 e 24 anos estão matriculados em algum curso de nível superior. O dado é muito abaixo da média nacional, que seria de 33%, segundo o próprio reitor da Ufal, Josealdo Tonholo.
Em entrevista recente à Rede Antena 7, Tonholo defendeu a iniciativa de emancipação e apresentou alguns dados sobre a educação superior em Alagoas.
“A gente apoia integralmente essa discussão. Alagoas só tem 13% dos jovens com idade entre 18 e 24 anos na universidade, enquanto o Brasil hoje tem como meta 33%. A gente está há cerca de um terço da meta e isso significa que o governo federal tem que investir muito ainda em nosso estado. A eventual criação da Universidade Federal do Agreste implica não só em reposicionamento do campus Arapiraca mas também expansão”, explicou Tonholo.
Ainda segundo o reitor, apesar do campus já contar com importantes cursos da área da saúde, a exemplo de Medicina e Enfermagem, outras formações são necessárias para desenvolver o setor no interior de Alagoas.
“A área da saúde carece de várias outras formações, como fisioterapia, terapia ocupacional, farmácia. O estado de Alagoas precisa desses profissionais. A discussão (sobre a emancipação) envolve toda a comunidade acadêmica e a gente precisa ter um projeto sólido para apresentar ao governo federal, lembrando que toda e qualquer deliberação não depende da Universidade Federal de Alagoas, mas de uma política federal de expansão das universidades, e a gente já tem uma sinalização de que esses estudos têm que ser feitos pelo MEC e pela presidência da república, por isso estamos estimulando que se faça um projeto denso, muito bem feito, para garantir que a gente tenha sucesso nessa empreitada”, finalizou.
O processo de emancipação da Ufal Arapiraca tem sido pauta constante de encontros entre o deputado Daniel Barbosa e o reitor Josealdo Tonholo.
Acompanhados de uma equipe técnica da universidade, eles participaram de uma audiência no MEC para tratar do assunto junto à diretora de Desenvolvimento da Rede de Instituições Federais de Educação Superior, Tânia Mara, e a secretária de Educação Superior, Denise Pires Carvalho.
Na ocasião, ficou acordado que um grupo de trabalho será criado para que seja feita a análise de viabilidade da emancipação. A comissão será formada por técnicos da Ufal e do Ministério da Educação.
É importante destacar que o Campus da Ufal em Arapiraca possui uma estrutura já consolidada, com 23 cursos de graduação e três mestrados.
Outros benefícios
A emancipação do campus tende a promover uma série de benefícios para Arapiraca e toda região. Dentre as principais estão: desenvolvimento econômico, atração de investimentos, formação de recursos humanos qualificados, produção de conhecimento e pesquisa, desenvolvimento cultural e artístico, melhoria da infraestrutura, desenvolvimento social, estímulo ao empreendedorismo, aumento da população estudantil e melhoria da educação básica.