A brasileira Aline Fernanda de Siqueira Maschietto, de 37 anos, procurada por tentativa de homicídio após esfaquear um homem em um hotel em Ribeirão Preto (SP) foi presa nesta terça-feira, 12, na Espanha. Ela estava foragida e foi detida após ter o nome incluído na Difusão Vermelha da Interpol.

Aline foi encontrada na casa de uma amiga em Málaga, a pouco mais de 500 km da capital Madri. A prisão aconteceu sob uma operação da Guardia Civil, braço das Forças e Órgãos de Segurança, ligado ao Ministério do Interior da Espanha.

Após a Justiça brasileira receber a informação de que a ré, que enfrenta processo criminal em São Paulo, estava na Espanha, solicitou a prisão e inclusão dela na lista de procurados da Interpol no fim de novembro passado.

Ela chamou atenção das autoridades após retirar queixas por estupro contra o filho do presidente do Tribunal Constitucional da Espanha. Informações sobre seu paradeiro possibilitaram a operação da policia espanhola.

Detida, Aline segue sob custódia da Justiça local e da Unidade Central Operativa da Direção Geral da Guarda Civil. Ela deve ser encaminhada à Capital Madri nesta quarta-feira, 13, segundo as autoridades, que também aguardam contato do Ministério da Justiça brasileiro para encaminhar o processo de extradição da ré.

O Terra tenta contato com a defesa de Aline, mas não obteve contato até a última atualização desta reportagem. O espaço segue aberto para manifestação.

Crime no Brasil
Aline enfrenta, desde 2022, uma acusação por tentativa de homicídio após esfaquear um homem de 35 anos em um hotel no interior de São Paulo. De acordo com o boletim de ocorrência, um funcionário do estabelecimento arrombou o apartamento em que eles estavam após ouvir gritos de socorro da vítima. O crime aconteceu no dia 4 de março.

À época, a acusada afirmou que os dois se conheceram em um aplicativo de relacionamento e marcaram um encontro após ela voltar de uma viagem. Eles brigaram após a vítima dizer que tinha convidado outra mulher para o apartamento.

Hospitalizado com ferimentos graves, o homem sobreviveu e se recuperou. Um inquérito foi apresentado pela Polícia Civil à Justiça em junho do mesmo ano, acusando Aline de tentativa de homicídio qualificado por motivo torpe e meio que dificultou a defesa da vítima.

Ela chegou a ser citada para apresentar sua defesa, mas não se posicionou no processo e nem instituiu advogado. Um mandado de prisão preventiva foi expedido contra ela em outubro de 2022.