O Tribunal de Justiça de Alagoas condenou Flaviano Gonçalves de Souza a 14 anos de reclusão em regime fechado pelo assassinato do professor de dança Luan Ribeiro dos Santos, ocorrido em Campo Alegre, em agosto de 2022. A condenação foi por homicídio qualificado, com agravantes de motivo fútil e emprego de asfixia. O julgamento aconteceu nesta quarta-feira (12).

De acordo com a denúncia do Ministério Público de Alagoas (MP/AL), Luan e Flaviano estavam consumindo bebidas alcoólicas quando uma discussão eclodiu. Durante a briga, Flaviano atacou Luan com golpes de arma branca na região do pescoço e posteriormente asfixiou a vítima utilizando uma sacola plástica.

Após o ato violento, Flaviano fugiu do local, mas foi preso em flagrante pouco tempo depois. Durante o processo judicial, ele alegou ter reagido a uma tentativa de assédio sexual por parte de Luan.

“O réu relata que utilizou a arma apenas para dar fim ao suposto ato de assédio, mas essa versão não justifica, por exemplo, o uso do saco plástico para asfixiar a vítima”, afirmou o promotor de Justiça Marcus Mousinho, questionando a veracidade da justificativa do réu.

Dada a repercussão do caso na comunidade, considerando que Luan Ribeiro dos Santos era um professor da rede pública de Campo Alegre e tinha atuação destacada na área cultural, o julgamento foi transferido para Maceió. A medida visou assegurar a imparcialidade dos jurados, evitando qualquer tipo de influência externa que pudesse comprometer a justiça do veredicto.