Família de alagoano morto em abordagem policial em SP espera há quatro meses liberação do corpo
Justiça determinou que o Governo de São Paulo arque com traslado até Craíbas, mas decisão ainda não foi cumprida

Quatro meses após a morte de Jeferson de Souza, alagoano que vivia em situação de rua e foi morto durante uma abordagem da Polícia Militar no Centro de São Paulo, a família ainda enfrenta a dor da espera pela liberação e o traslado do corpo para o município de Craíbas, no Agreste de Alagoas, onde ele deverá ser sepultado.
A demora tem gerado sofrimento e indignação entre os familiares, especialmente a irmã da vítima, Micaele Souza, que voltou a fazer apelos públicos para que a situação seja resolvida. Em entrevista concedida à TV Pajuçara, ela relatou a angústia de conviver com a perda sem poder realizar o enterro.
“O corpo do meu irmão infelizmente se encontra no IML, não sei mais o que fazer. A verdade é que já estou perdendo as esperanças. Tudo o que eu mais queria era dar um enterro digno ao meu irmão”, desabafou Micaele. “São quatro meses, não são quatro dias. Saber que tiraram a vida dele de forma tão brutal e que ainda não conseguimos sepultá-lo é uma dor que cresce a cada dia.”
O caso ocorreu no dia 13 de junho, sob o Viaduto 25 de Março, durante uma ação da Força Tática da PM paulista. Imagens de câmeras corporais mostraram que Jeferson, desarmado e acuado, foi morto com três disparos de fuzil, na cabeça, no tórax e no braço. A gravação contradiz a versão dos policiais, que alegaram que a vítima teria tentado tomar a arma de um dos agentes.
Antes dos disparos, o homem foi colocado atrás de uma pilastra, onde permaneceu sentado e sendo interrogado. Em determinado momento, um dos policiais encobriu a lente da câmera. Poucos segundos depois, as imagens mostram Jeferson já sem vida, o que reforçou as suspeitas de execução sumária.
A Justiça de São Paulo determinou que o Governo do Estado fosse responsável pelo traslado do corpo até Alagoas, mas a decisão ainda não foi cumprida. O corpo permanece no Instituto Médico Legal (IML) da capital paulista.
Os dois policiais envolvidos, um tenente e um soldado, estão presos desde julho no Presídio Militar Romão Gomes. Eles respondem pelos crimes de homicídio doloso, falsidade ideológica e obstrução de Justiça.
Em denúncia apresentada à Justiça, o Ministério Público de São Paulo afirmou que o crime foi cometido com “motivo torpe” e demonstrou “absoluto desprezo pelo ser humano e pela condição da vítima, pessoa em situação de vulnerabilidade social”.
A Secretaria da Segurança Pública de São Paulo classificou o caso como “inaceitável” e “vergonhoso”. A Corregedoria da Polícia Militar segue acompanhando o andamento das investigações e o processo judicial.
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