Acompanhei nos últimos dias algumas convenções partidárias em cidades da zona da mata alagoana e confesso que fiquei perplexo com o que vi.

É bom lembrar que, convenção significa ato de coordenar, de organizar, de unir vários elementos, atividades, serviços, entretanto, não foi isso que presenciei em determinadas convenções as quais eu assisti.

O lançamento deve ser impactante, um momento de demonstração de força. Deve almejar a produção de um fato político marcante, que fique na memória do máximo possível de eleitores, que posicione a candidatura na disputa e que a torne a mais conhecida possível: sua imagem pessoal, suas ideias e suas propostas.

A presença de muitas pessoas é fundamental para dar a todos a ideia de uma campanha com chances de vitória e criar um clima de entusiasmo, confiança e motivação para trabalhar. Na convenção deve haver pessoas conhecidas, respeitadas, admiradas. Elas darão, com suas presenças, consistência à candidatura. Além de serem atrações, emprestam credibilidade, respeito e força política. O locutor deverá registrar o comparecimento dessas pessoas.

Convenções realizadas de forma amadoras, ineficientes, sem organização, sem comando e improdutivas, passam a ideia de perca de espaço e prestígio político, e que a candidatura não decolou ou não irá decolar. O Coordenador tem que ter capacidade política e organizacional. Entretanto, é  bom lembrar que liderança não se impõe, se conquista. Ninguém é líder de si mesmo e nem é forte sozinho.

A convenção é a porta de entrada para uma campanha de sucesso, vitoriosa, ela retrata e diz como vai ser a campanha, seu volume, o estilo e a imagem do candidato e dizer para que ele veio.

Em uma convenção, o importante é elaborar previamente um planejamento. Uma convenção planejada tende a ser  eficiente e passa para o eleitor otimismo, confiança, força e segurança de que aquele candidato, é organizado e poderá atender as suas expectativas. Convenção malfeita com erros graves compromete a imagem do candidato e pode inviabilizar uma candidatura.

A convenção do MDB em Messias foi um exemplo de eficiência. Nas ruas da cidade, até mesmo nas hostis oposicionistas não se falava em outra coisa. A convenção foi um grande sucesso e atingiu seus objetivos. Ela deu uma nova dinâmica a campanha de Adelmo Júnior, candidato apoiado pelo prefeito Luiz Emílio e pelo ex-prefeito Jarbinhas, servindo de exemplo de como se deve organizar e fazer uma convenção eficiente, mostrando para os eleitores que a candidatura de Adelmo Júnior estava definitivamente consolidada. Já em União dos Palmares, algumas convenções deixaram a desejar.
 
Despreparo, amadorismo, falta de organização e comando, convenções comandadas por pessoas leigas, despreparadas, levaram alguns candidatos a perderem pontos, deixando os eleitores e a população de orelha em pé e desconfiados.

Não há dúvidas de que em União dos Palmares, após as convenções, alguns candidatos ganharam pontos e significados importantes, e outros perderam espaços nessa corrida desenfreada rumo à prefeitura.