Politicando
Ida de Collor para mistério das Relações Exteriores pode facilitar eleição de Renan Filho para o Senado
Arthur Lira é o principal articulador da aproximação entre Collor e Bolsonaro
O ex-presidente e senador por Alagoas, Fernando Collor (Pros), está no topo da lista de preferidos para assumir o ministério das Relações Exteriores, com a possível saída de Ernesto Araújo do cargo.
Na manhã desta sexta-feira (26), num evento da prefeitura de Maceió, o senador negou interesse pelo cargo. "Não é o momento para que eu dê um passo como esse, porque o meu compromisso continua sendo prioritariamente com o estado e o povo de Alagoas", afirmou Collor.
No entanto, há quem acredite que o presidente da República, Jair Bolsonaro, e o presidente da Câmara Federal, deputado Arthur Lira (Progressistas), podem convencer Collor a mudar de ideia, “para ajudar nas negociações internacionais em busca de mais vacinas para o Brasil”.
Ao assumir um ministério no governo Bolsonaro, Collor pode não ter o objetivo político alcançado, pois corre o risco de acabar acumulando o desgaste do presidente da República. Caso isso aconteça, a reeleição para o cargo de senador fica prejudicada.
Vale destacar que, com a possível saída para o ministério das Relações Exteriores, Collor fica com menos tempo para fazer sua pré-campanha para a reeleição em 2022, dando vantagem para seu principal adversário, o governador de Alagoas, Renan Filho (MDB).
A aproximação entre Collor e Bolsonaro foi articulada pelo deputado federal Arthur Lira. O parlamentar alagoano tem sido o principal influenciador para que Ernesto Araújo seja exonerado.
Para Lira, o ministro tem atrapalhado as negociações com outros países para a aquisição de imunizantes para o Brasil.
Sobre o blog
O objetivo do blog é analisar a conjuntura política na capital e no interior de Alagoas.