Politicando
Grupo de prefeitos quer nova entidade e AMA pode estar com os dias contados
Presidente Hugo Wanderley é acusado de usar entidade para fins eleitorais
A gestão do prefeito de Cacimbinhas, Hugo Wanderley (MDB), a frente da presidência da Associação dos Municípios Alagoanos (AMA) pode ser a última da entidade. Um grupo foi formado com mais de trinta prefeitos, que já estão planejando uma desfiliação em massa com o objetivo de criar uma nova instituição que represente as gestões municipais.
De acordo com alguns prefeitos ouvidos pela reportagem, a AMA tem um faturamento mensal milionário, mas não oferece um suporte necessário às prefeituras associadas. “É um cabide de emprego para beneficiar um específico grupo político. Os servidores formam panelinhas e estão lá há décadas. Queremos quebrar esse vício e criar uma entidade que dê voz e vez para todos”, disse um gestor que pediu para ter o nome preservado.
Já outro prefeito, que também optou em não ser identificado, revelou que não há transparência na utilização dos recursos da entidade. “Arrecadam bem, mas sempre que solicitamos ajuda a resposta é sempre a mesma: as contas estão apertadas! Ninguém sabe como está a saúde financeira da AMA, só o presidente e seu grupinho”, denunciou.
Ainda segundo os informantes, as discussões estão ocorrendo de forma discreta para que não haja interferência externa nas negociações. Este é o segundo mandato de Hugo Wanderley a frente da AMA. O pai dele, ex-vice-governador Dr Wanderley, é pré-candidato a deputado estadual. Há suspeitas de que a entidade estaria sendo usada para fins eleitorais e não institucionais.
Uma carta aberta estaria sendo redigida com o intuito de solicitar um espaço para esta nova instituição na Confederação Nacional dos Municípios (CNM).
A reportagem tentou contato com o presidente Hugo Wanderley, mas até o fechamento da matéria ele não retornou as ligações telefônicas.
Sobre o blog
O objetivo do blog é analisar a conjuntura política na capital e no interior de Alagoas.