Samila Freire

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O que uma candidata mulher tem que fazer para mudar essa política dominada por homens?

08/03/2024 08h08

A data de hoje celebra as conquistas e a resiliência das mulheres ao longo da história, além de representar uma oportunidade para refletir sobre os desafios enfrentados e renovar o compromisso por um futuro mais justo e equitativo para todos. E uma das grandes questões que sempre rondam o marketing político é: O que uma candidata mulher tem que fazer para mudar essa política dominada por homens?

Apesar de representarmos a maioria do eleitorado - somos maioria em duas de cada três cidades - com diferença em relação aos homens de 8,1 milhões de potenciais votos. Nas eleições municipais deste ano, as mulheres são a maioria do eleitorado em 3.657 cidades do país (65,7%).

Entre as cidades com maior predominância de eleitorado feminino os maiores índices estão em Maceió (55,5%), Niterói (55,5%), Aracaju (55,4%), João Pessoa (55,4%) e Recife (55,3%).

Não há como negar que a cultura da dominação masculina na política ainda impera e essa disparidade se reflete principalmente na representatividade efetiva das mulheres na política. Nas eleições de 2022, por exemplo, embora quase 10 mil mulheres tenham se candidatado, apenas 311 foram eleitas, correspondendo a apenas 18,2% do total de eleitos, a proporção de mulheres eleitas para cargos proporcionais nos legislativos estadual, distrital e nacional nunca ultrapassou os 18,52%, a maior já registrada.

Mas, então, como mudar esse cenário? O que uma candidata mulher precisa fazer para vencer uma eleição?

Primeiro, é importante compreender que buscar o voto feminino é cada vez mais importante para se eleger no Brasil, colocar pautas que interessam às mulheres e ao pleito é essencial.

Outro aspecto importante, é que atualmente, as elites políticas estão sob uma avaliação predominantemente negativa e algumas características positivas são vistas como mais ligadas ao universo feminino. Isso sugere que as mulheres podem desfrutar dessa percepção do eleitorado.

Também é necessário um entendimento profundo das questões que afetam a cidade. Nesse quesito são as mulheres que mais conhecem os serviços públicos, elas usam a maternidade, são elas que mais frequentam os postos de saúde para si e para os filhos, vão nas creches e escolas dos filhos. Uma candidata que conhece as necessidades e preocupações específicas da comunidade tende a ter pautas mais relevantes e propostas pertinentes, ganhando a confiança e o apoio dos eleitores.

Além disso, não pode faltar: confiança - transmitir segurança e determinação; autenticidade - ser genuína e transparente nas ações e em sua comunicação, e, é claro, ter uma rede de apoio pessoal e profissional. Contar com uma equipe dedicada, aliados políticos e apoio da família e amigos pode ser determinante para superar os desafios e alcançar o sucesso eleitoral.

Para as eleitoras mulheres, um lembrete, precisamos ter em mente que para mudar a situação política feminina é necessário primeiramente considerar votar em uma mulher. E hoje, Dia Internacional da Mulher, é um momento para celebrar, mas também para lembrar que ainda há muito a ser feito.

Com otimismo e determinação, seguimos em frente, lutando por igualdade e por um futuro mais justo e inclusivo para todas as mulheres na política e em todos os aspectos da sociedade. Feliz dia, Mulheres!

Instagram: @dozeroaeleicao

Sobre o blog

Samila Freire Marketing Político. Especialista em Gestão pública com ênfase em cidades inteligentes. Co-fundadora da Agência Vôtti Diretora de criação e conteúdos estratégicos da Vôtti. Palestrante.

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