O advogado trabalhista alagoano Adriano Costa Avelino pode ser escolhido, na próxima segunda (22), para a lista tríplice que será enviada ao presidente Lula (PT), de onde sairá o novo ministro do TST - Tribunal Superior do Trabalho.

Avelino consta na lista sêxtupla enviada para a escolha dos ministros a partir de escrutínio realizado pela OAB, que tem o direito ao preenchimento da vaga na corte com membro da advocacia, como manda o Quinto Constitucional.

No entanto, pesa contra o advogado alagoano o pensamento antipetista que ele mesmo publicava livremente em suas redes sociais. Avelino chegou a dizer, em um tweet em 2016, que Dilma Rousseff e Lula deveriam ir para a ‘guilhotina’, assim como seus apoiadores.

“A punição para Dilma e Lula e seus apoiadores é a guilhotina!!! Mas antes tem que cortar a língua para pararem de latir”, escreveu no mesmo dia em que a então presidente nomeou Lula para o ministério da Casa Civil, um dos últimos atos antes de sofrer impeachment cerca de um mês depois.

Em 2019, o advogado envolveu-se em outra polêmica, desta vez durante um protesto de professores que fechou a Avenida Fernandes Lima, em Maceió. “Vou pegar a caminhonete e passar por cima desses vagabundos comunistas que se dizem professores e estiverem interditando a Fernandes Lima. Já que o governador não tem pulso pra isso, eu não tenho que atrasar as minhas obrigações por conta dessa manifestação fajuta”, escreveu.

Apesar das declarações odiosas às pautas de esquerda, Avelino é um dos favoritos para a lista final a ser entregue ao presidente, já que tem um padrinho político forte em Brasília - o presidente da Câmara dos Deputados Arthur Lira, a quem é ligado.

Em dezembro, a OAB apresentou ao TST os nomes de Natasja Deschoolmeester, Roseline Rabelo de Jesus Morais, Adriano Costa Avelino, Raimar Rodrigues Machado, Antônio Fabrício de Matos Gonçalves e Emmanoel Campelo de Souza Pereira.

Após a escolha da lista tríplice, o presidente da República irá indicar o nome para a vaga, que por sua vez deverá passar por sabatina na CCJ do senado e ainda ser aprovado pelo plenário da Casa, para poder assumir.